Amigos do blog, que coisa, hein? Aquele pedaço de terra encravado nos altos da zona norte da cidade, mais especificamente aquele que forma um pedaço do Jardim Santa Ifigênia e o Jardim Boa Esperança inteiro, está gerando um verdadeiro quiproquó entre poderes. Na ‘briga’ estão o vereador João Magalhães (PMDB) e o secretário do Planejamento, Amaury Hernandes. O primeiro reivindicando para si todos os louros de uma eventual próxima doação das áreas a seus ocupantes, e o segundo dizendo que tudo o que acontecerá será por obra e graça de suas ações em torno do assunto. O vereador alega que vem trabalhando nisso desde 2007. O secretário, desde o começo do ano, desde os primeiros dias em que assumiu o cargo. Aí, do nada, o secretário apareceu dizendo isso no ‘blog maluco’, com direito a foto e tudo. Dizem alguns que ele decidiu falar porque o vereador iria hoje (2) à Rádio Menina, tratar do assunto. E teria antecipado sua ida na semana passada. Também foi uma forma do secretário se antecipar ao pronunciamento que Magalhães faria na noite de ontem (1º), na Câmara, detalhando seu trabalho. Mas, quando tomou conhecimento da manifestação do secretário, o vereador mudou o tom da sua fala, e não simplesmente fez um relato do trabalho, mas um discurso inflamado contra os “atravessadores”, os “oportunistas” que estavam se arvorando em ‘pai da criança’. Hoje (2) foi à Rádio Menina falar sobre o mesmo tema. E usou o mesmo tom. Terminada a entrevista, o próprio secretário Hernandes ligou, bastante bravo, dizendo querer “direito de resposta”. E parece que vai munido de um calhamaço para provar que sim, começou a trabalhar o assunto antes de Magalhães. “Tenho um dossiê de 500 páginas sobre esta questão”, adiantou Hernandes. Magalhães, por sua vez, ao saber que o secretário irá amanhã (3), rebater seus argumentos, apenas disse: “Quero vê-lo provar isso tudo. Estarei atento e, se falar bobagem, vou intervir”. Vamos esperar o próximo round. Fiquemos atentos.
DE NADA ADIANTARÁ
O grande problema disso tudo é que no final das contas quem acabará pagando o pato se a briga ganhar outros foros serão os moradores daquelas áreas. Que querem apenas ver seus problemas de posse dos terrenos resolvidos. Não importando quem os resolverá. São 460 imóveis, portanto 460 famílias, instaladas em 18 quadras, sendo que destes imóveis, 106 passaram por melhorias domiciliares. Ou seja, é muita gente no meio deste ‘imbróglio’. O cuidado a ser tomado é o de não transformar tão importante resolução, em mera querela política. Porque, seja o Executivo, seja o Legislativo, qual dos dois solucionar o problema, estará valendo. O detalhe é que nenhum dos dois vai resolver a questão sozinho. Um sempre vai precisar do outro. Então, que tal somar forças, ao invés de dividir?
LÁ VEM ELA
Dizem alguns próximos do poder que a festa do peão 2010 já estaria ‘terceirizada’ para um grupo de realizadores de Barretos, que teria à frente um primo do prefeito Geninho (DEM). Ou seja, a festa, desta vez, não teria na organização e realização o ‘Clube dos 25’, que até hoje ainda está em palpos de aranha. Sem prestar contas do montante recebido do Ministério do Turismo (R$ 500 mil), nem do quanto foi gasto do dinheiro público municipal, aquele dos nossos impostos e taxas, o grupo segue incólume e impoluto para a próxima edição da festa. E rindo, às gargalhadas, de todos que primam pela seriedade em tudo que envolve dinheiro público. Dizem que até andam brindando e dando o ‘grito de guerra’ dos 25. Bobo é o povo.
ADENDUM
Até hoje, também, meio ano depois, o Ministério Público ainda não se manifestou sobre a festa do peão do ano passado. Quando isso acontecerá?
NO ‘BREJÃO’
Enquanto a festa do peão não vem, o Carnaval popular será terceirizado para a Brahma, que tomará conta do local dos bailes e shows todas as noites. Dizem que pagando R$ 10 mil por noite (rsrsrs). E se responsabilizando por toda infra-estrutura do local (rsrsrs). Se é assim, onde então a prefeitura vai gastar os R$ 400 mil previstos? Por outro lado, até agora a vereadora Guegué (PRB) ainda não recebeu os documentos sobre os gastos da festa de Momo do ano passado, segundo disse ontem à noite da Tribuna da Câmara. A Justiça de Primeira Instância o condenou a prestar estas informações. Ele prestou? Não, ao contrário, recorreu junto ao Tribunal de Justiça, em São Paulo. Para não prestar estas informações. Por que tanto medo? Se não há nada a temer, por quê não prestar as informações solicitadas? Recorrer a uma instância superior? Para não cumprir com uma obrigação de administrador? Seria o caso até de a própria Justiça tomar medidas mais drásticas. Sem esperar mais nada. Por que se esconde, é que algo de errado deve ter.
ALEGRIA!, ALEGRIA!
Os mais próximos do prefeito Geninho estão espoucando os champanhes. A última pesquisa de avaliação do Governo teria trazido números positivos para o alcaide. Falam em alguma coisa em torno de 80% de aprovação. Pode ser até exagero, mas os números não são mostrados abertamente. São mantidos a sete chaves, e só os íntimos têm acesso, dizem. Mas, um detalhe a ser observado é se esta aprovação, esteja nestes níveis ou abaixo deles, é do Governo Geninho, ou da imagem superficial da administração pública. Que dizer, a pesquisa apurou se o Governo vai bem, em todos os seus aspectos, ou se o povo está aprovando o que está vendo? Porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa (PS: reivindico a criação deste bordão que hoje é repetido pelo Brasil afora). Dependendo do que e como se pergunta, a resposta vem conforme. Não se pode confundir avaliação do feito, com avaliação do Governo. Porque este abarca outras questões muito mais profundas, carecendo de perguntas muito mais específicas, e longe de generalidades.
GERENCIAMENTO
Ao Governo cabe, por exemplo, o gerenciamento e a garantia de funcionabilidade daquilo que está construindo, implantando, investindo dinheiro público. Para evitar os chamados ‘elefantes brancos’. Aquelas obras caras, festejadas, porém depois sem serventia, mal gerenciadas ou sem gerenciamento nenhum. Uma coisa é implantar, outra coisa é fazer funcionar. Implantando, construiindo, reformando, todo mundo vê. E todo mundo aprova. E todo administrador tira proveito imediato. Formado o quadro, é claro que uma pesquisa vai apontar números positivos àquele político. Que se for do tipo imediatista, vai bebemorar com os amigos e asseclas. Mas, se for do tipo perfeccionista vai esperar mais um pouco para ver sua obra “parlar”. Até agora, portanto, este blog tem a seguinte opinião: a menos que os números sejam trazidos à tona com todas as questões formuladas, vale dizer que tal aprovação ao prefeito Geninho, ainda é ‘oca’, carecendo de conteúdo. Até porque já há problemas relatados de mal-gerenciamentos em equipamentos urbanos instalados nesta gestão. E casos de equipamentos já considerados verdadeiras inutilidades públicas. O que sempre dissemos é: não basta instalar, implantar, construir. É preciso gerenciar. O que, quando bem feito, aí sim, indica que um Governo existe. E então se pode comemorar.
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