Blog do Orlando Costa

Verba volant, scripta manent – ANO XVI

Mês: fevereiro 2010 (Página 1 de 2)

SERRA EM 2006: ‘A SITUAÇÃO DA SANTA CASA AQUI É HUMILHANTE’

LANÇANDO A CANDIDATURA

LANÇANDO A CANDIDATURA

Amigos (e inimigos) do blog, após os festejos do aniversário de 107 anos de Olímpia, o prefeito Geninho (DEM) diz que toma a decisão sobre se intervém ou não na Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, por “recomendação” do promotor dos Direitos Constitucionais e do Cidadão, Gilberto Ramos de Oliveira Júnior. Se decidir pela intervenção – o que, dizem nas rodas, seria o seu ‘sonho de consumo’ no momento – vai pegar uma instituição que no ano passado acusou quase R$ 600 mil em prejuízos. Isso mesmo, quase R$ 600 mil restaram de diferença entre receita e despesa, segundo balanço publicado pela diretoria na edição de hoje da ‘Folha da Região’. Um assombro! Resta saber como o município vai equacionar isso, se o próprio prefeito vinha alegando que não tinha sequer os R$ 95 mil para pagar os plantões à distância. Sobre a vontade encoberta do prefeito de assumir a Santa Casa, embora venha ‘jogando para a torcida’ que “não, não é nada disso, não quero a Santa Casa”, teria sido reforçada pelo resultado de uma reunião ocorrida ontem, na qual os médicos teriam voltado atrás e aceitado a proposta de R$ 53 mil até o final do ano, mas a decisão não teria sido aceita pela secretária municipal de Saúde, Silvia Storti. Pior: dizem quem soube da conversa que a gestora da Pasta teria afirmado que não aceitava a volta atrás dos médicos porque queria “tirar a Helena de lá” (crédito para uma fonte que é parte nas conversações). Aí entraria a questão da privacidade interrompida. Há quem afirme estar havendo um erro de interpretação do Ministério Público que, a rigor, estaria até mesmo ‘derrubando’ decisão superior, da juíza Andréa Galhardo Palma, que na ação julgou não ser o município responsável pelo ‘imbróglio’ do hospital. Sendo assim, teria que ficar longe da questão, certo? Para o promotor, errado. Poderá então o município assumir a entidade por inteiro, ou seja, administrativamente, também? Para o promotor, sim. A propósito, a mesma juiza negou ontem liminar à diretoria do hospital, que contestava a intervenção geral.

EM TEMPO
O que se espera, sinceramente, é que as coisas tenham chegado a este ponto por verdadeira impossibilidade do município resolver a questão. E que não seja esta situação o resultado de um embate político, um enfrentamento procurado pelos que estão hoje no poder, uma vez que o único hospital de Olímpia não pode e não deve nunca ser mais uma vítima da volúpia de poder que este grupo vem demonstrando ter ao longo do tempo. Há que se respeitar a instituição. Há que se respeitar o povo. Há que se respeitar as pessoas que dedicaram horas, dias, meses e anos para transformar aquele hospital, então indo à falência, no que ele é hoje, uma quase referência no Estado. Lembrando que só foi possível chegar a este patamar, depois que a entidade saiu das mãos de grupos políticos, que colocavam lá seus apaniguados que não cabiam em mais nenhum outro órgão do Governo Municipal. Assim, a Santa Casa de Olímpia sempre foi tratada, até a chegada da provedora Helena Pereira e sua diretoria, como a “lata de lixo” dos poderosos. O povo vivia à distância. Hoje se aproximou, e é responsável por uma considerável parcela da arrecadação do hospital. E com a volta dos seus destinos às mãos de grupo político, provavelmente vai se afastar de novo. Se por em alerta. Porque o sofrimento, a injustiça, a falta de um atendimento mais humano e digno ainda doem na alma de tantos quantos um dia precisaram daquele hospital. Agora, após quatro anos desta diretoria, é que este povo vinha se curando do trauma. E então? Tudo vai voltar?

VISITA
O governador José Serra estará em Olímpia segunda-feira, para inaugurar a Etec, escola de preparação técnica instalada no prédio da antiga Delegacia de Ensino. É a segunda vez, em nove anos, que uma autoridade máxima do Estado vem a Olímpia – a última foi em 2001, início da primeira gestão do ex-prefeito Carneiro (PMDB), quando Geraldo Alckmin veio para inaugurar o Hemocentro. Mas será a segunda vez que Serra vem a Olímpia. Para quem não se lembra, ele veio lançar aqui sua candidatura ao Governo do Estado, em 11 de julho de 2006, ocasião em que foi recepcionado pelo ex-prefeito, que dias antes havia recepcionado outro então candidato, Orestes Quércia.

NEM ASSIM
Interessante lembrar que naquela visita de Serra, a provedora Helena de Sousa Pereira entregou ao então candidato, logo quando chegou, documentos relatando os problemas financeiros da Santa Casa de Misericórdia. Quando discursava, folheando os papéis, Serra disse: “A situação da Santa Casa aqui é humilhante. Estava lendo a carta que a diretoria me encaminhou, e o que está acontecendo é muito ruim. Não podemos abandonar os órgãos filantrópicos sérios. Nós ajudamos muitas Santas Casas no país inteiro. Principalmente aquelas que estavam no limite da ‘quebra’, como essa daqui. Não se pode ficar no quebra-galho, tem que ter uma solução permanente”, falou Serra. E falou e disse. Mas, fez o quê, mesmo? Qual será sua reação ao saber do atual estado do hospital?

AINDA ROLA A FESTA
A turma dos poderosos de plantão ainda está comemorando a rejeição das contas do prefeito Carneiro e seu vice, Pituca, que assim se tornarão inelegíveis. Como sempre desejou o prefeito Geninho. O ex-prefeito Carneiro – e agora não há como negar isso – era a ‘pedra’ maior no sapato do prefeito, quando o assunto é 2012. Por isso a felicidade deles todos. Há quem diga, neste frigir dos ovos eleitorais, que outra ‘pedra’ nos sapatos do alcaide era exatamente Helena Pereira. Por isso, raciocinam, o jogo duro na questão dos médicos, sabedor o prefeito que iria dar no que deve dar: na intervenção. Assim, Helena para o ostracismo, fora do páreo, mais um a menos. Tudo no terreno das hipóteses, ainda sobrariam outras duas figuras que a própria troupe jornalística zulianista elevou à condição de eventuais futuros candidatos a prefeito: os vereadores João Magalhães (PMDB) e Priscila Foresti, a Guegué (PRB). Talvez sinalizando, como sinalizaram, serem os dois as, digamos, ‘próximas vítimas’ da volúpia de poder zulianista. Não estou inventando. São eles mesmos, os ‘encantoados’ que escrevem naquela coluna do ‘Gazeta Regional’, que disseram. Esperar para ver.

COALIZÃO
O tiro de misericórdia a ser dado pelo grupo no poder, sem dúvida nenhuma será o esfacelamento da coalizão partidária que fez a Mesa ano passado, e que por meio de acordo entre seus integrantes faria a Mesa também em dezembro deste ano. Alguém aí duvida que é ponto de honra para o prefeito impedir que isso aconteça? A menos que estivéssemos diante de um ‘gentleman’ político, dotado de um ‘fairplay’ fenomenal, isso não aconteceria. Mas, nem preciso dizer que não é esse o caso, né não? Qual o nome que Geninho tem na Câmara, para segurar este ‘estandarte’? Salata (PP) que não tem medido esforços para imacular o nome do alcaide perante seus pares naquela Casa de Leis. E toma-lhe discursos apoteóticos, cheio de superlativos. O que quererá Salata em troco? Se puder, a Mesa da Câmara. Há quem aposte um dedo e até uma orelha que isso não vai acontecer. Que o próximo presidente da Casa será João Magalhães. Dizem até que o próprio afirma isso com a maior convicção possível. Vai saber o que tem ele guardado nas mangas para evitar surpresas…

SEM DIVISÃO
Pelo menos o presidente atual do Legislativo, Hilário Ruiz (PT), esta semana jogou um balde de água fria nesta pretensão da turma do poder. Disse que pelo menos de sua parte, a coalizão “não vai se dividir” por causa dos votos dados contra as contas de Carneiro por ele e Guto Zanette (PSB). “Em todas as conversas que tivemos quando da formação desta coalizão ficou claro que o vereador teria liberdade de se expressar e manifestar seu voto”, começou explicando. “Então, temos esta liberdade. E minha manifestação contrária se deu porque fui convencido pelo TCE. Eu e Guto (Zanette) conversamos muito e tomamos esta posição”, relatou. Ruiz disse ainda que sempre colocou para a coalizão que, em relação às contas, poderia tomar esta decisão. “Não mudei de última hora e traí o grupo. Deixei claro desde o início sobre qual seria meu posicionamento quanto às contas”, finalizou. Portanto, vai ser árdua a batalha dos voluptuosos? Esperemos para ver.

E AGORA, O CCAB
Talvez alertados por um post inserido neste blog no dia 13 de fevereiro (reproduzo trechos abaixo), a diretoria do Thermas dos Laranjais decidiu reforçar o ataque visando abocanhar também as dependências do Clube de Campo Álvaro Britto-CCAB para suas pretensões expansionistas. Trata-se, segundo o anunciado esta semana, “da possibilidade de realização de uma parceria tendo por objeto a plena reativação das atividades do clube, cujas dependências não vêm sendo aproveitadas em todo seu potencial”. Diz ainda a nota, que o convite à atual diretoria do CCAB “deverá ser feito nos próximos dias”. Em princípio, pode-se dizer, a diretoria do Thermas já cometeu o ‘crime’ da falta de ética e respeito: anunciar aos quatro ventos o que a parte interessada ainda não sabia. Diz a diretoria que “através dessa parceria, o Thermas auxiliaria nos investimentos necessários ao Clube de Campo, de acordo com a diretoria deste, e as dependências do CCAB passariam a ser freqüentadas com exclusividade pelos sócios dos dois clubes, vedado o acesso de turistas”. Ao lerem trechos do post deste blog do dia 13, os amigos vão ver que lá está explícia a intenção dos associados do velho clube em tornar o local ‘exclusivo’ para um seleto grupo. Talvez seja este o temor do Thermas e a razão da reinvestida.

SE NÃO, VEJAMOS
Trechos da nota do dia 13: “A idéia da realização de um encontro entre a ‘velha guarda’ do Clube de Campo Álvaro Brito, o CCAB, em setembro passado, pode render muito mais do que alguns acreditam. Segundo algumas especulações, pode redundar na reativação daquele espaço de lazer, por ação destes aficionados pelo que aquele clube representou para a sociedade olimpiense. Este pessoal, que pode se classificar de ‘elite intelectual’ da cidade (depois corrigi para ‘elite acadêmica’),(…) já tem um segundo encontro programado, para hoje, amanhã e segunda-feira, com uma festa carnavalesca nas noites de hoje e de segunda-feira, com churrasco amanhã (…). A folia do reencontro tem seu público focado naquele pessoal nascido nas décadas de 40, 50 e 60. Exatamente o nicho de consumidores que não encontram na cidade, quando para cá veem, um local adequado para suas noites de reencontros e descontração. Por isso, disse-me hoje uma fonte, pode ser que o CCAB seja reavivado, por ação deste grupo, que poria dinheiro do bolso, saldaria a dívida pendente e a partir daí, teriam um ambiente mais apropriado para acomodá-los (…).”

SOZINHO
Pelas palavras do atual presidente daquele velho clube, Túlio Antônio Pinheiro, o CCAB hoje tem condições plenas de caminhar com as próprias pernas. “O clube hoje está estável, tem vida própria”, diz ele. Segundo o presidente, já fazia tempo que esta possbilidadade de parceria entre os dois clubes havia saido do foco dos debates entre os associados. “Parece que a intenção não é a de assumir o clube por inteiro. Vamos aguardar um contato e conversar. Se acontecer, pode ser que seja bom para todo mundo”, disse. Com a palavra a ‘elite acadêmica’.

COISA DIFÍCIL
Amigos do blog, continua difícil a terceirização do transporte coletivo na cidade. É claro que há evidências da preferência do prefeito Geninho pela empresa que hoje já presta este serviço em caráter de emergência, a Bontur, e que de resto já o vinha prestando desde a administração passada. E por isso mesmo outras empresas participantes questionam. E o TCE acata. E a concorrência é cancelada, pela segunda vez, embora ainda ontem constava como ‘em aberto’ na página eletrônica da prefeitura. As empresas que desta vez ‘brecaram’ a concorrência junto ao TCE foram  a Rápido São Paulo Transportes e Serviços Ltda e a JTP Transportes Ltda. As representações caíram nas mãos do desembargador-relator Eduardo Bittencourt Carvalho, que numa longa – e bota longa nisso! – dissertação elencou as razões das proponentes, seu entendimento, e decidiu pela suspensão do certame.

DETALHES
Por exemplo, as empresas contestaram a exigência de que a empresa vencedora, conforme os itens “6.3.5” e “6.3.12”, do edital, terá de instalar e disponibilizar garagem, na forma do Anexo 7, no prazo máximo de 60 dias. Diz o relator: “Este prazo é exíguo para tal finalidade e direciona o certame para empresa cuja garagem já está instalada no Município, vez que é uma forma velada de se exigir a propriedade prévia vedada pelo § 6º, do artigo 30, da Lei nº 8.666/93, bem como pela Súmula nº 14, do Tribunal de Contas do Estado.” Outro detalhe: Pelos itens “3.4.1” e “6.4.5”, do edital, é exigida a prestação de garantia de participação de R$ 60 mil e a comprovação de capital social de no mínimo R$ 600 mil. Diz o relator: “Tais patamares não são razoáveis se considerado o valor total de investimentos, o qual está estimado no Anexo I em R$ 5.350.000. De tal forma, aqueles valores deveriam corresponder a R$ 53.500, para a garantia de participação, e a R$ 535.000 para o capital social mínimo, nos termos do artigo 31, III e § 3º, da Lei nº 8.666/93.” Ainda outro detalhe: O valor total estimado para a contratação, de R$ 13.038.060,16, além de não se adequar aos valores da garantia de participação e do capital social mínimo, também não é compatível com os dados técnicos disponibilizados no Anexo I, pois se realizada a multiplicação dos passageiros transportados com a tarifa praticada pelo Município, é obtido resultado bastante aquém deste valor estimado, o que gera fundadas dúvidas quanto às reais expectativas financeiras com o contrato, impossibilitando a apresentação de proposta firme e adequada.” E mais: Há divergência entre o valor da garantia contratual prevista no item “9.1”, do edital, e aquela prevista no item “1.18”, da minuta do contrato, equivalente a 1% do valor do contrato, visto que tal percentual dos R$ 13.038.060,16 estimados corresponde a R$ 130.380,60″, e por aí afora.

A DECISÃO
Diante de tudo isso, naifestou-se assim o relator: “Ao que parece, determinados aspectos aqui suscitados estão a revelar indícios suficientes de conflito com a legislação de regência e jurisprudência deste Tribunal. Necessário, pois, o aclaramento de tais questões, visto que são fatores diretamente relacionados não apenas com as condições básicas de habilitação, mas também com a formulação de propostas, com as tarifas a serem futuramente cobradas dos usuários e também com o fluxo de caixa e taxa de retorno da contratação. Trata-se de questão, pois, que se mostra suficiente para uma intervenção desta Corte, com o intento de obstaculizar o prosseguimento da licitação, para análise em sede de exame prévio de edital, por representar ameaça de prejuízo ao procedimento licitatório e ao interesse público. Ante o exposto, e tendo em conta que a sessão de recebimento dos envelopes está marcada para o dia 26 de fevereiro (ontem), com fundamento no artigo 219, parágrafo único, do Regimento Interno deste Tribunal, DETERMINO A IMEDIATA PARALISAÇÃO DO CERTAME, até a ulterior deliberação por esta Corte, devendo a Comissão de Licitação abster-se da realização ou prosseguimento de qualquer ato a ele relacionado. Fixo o prazo máximo de 5 dias à PREFEITURA MUNICIPAL DE OLÍMPIA, para a apresentação das alegações julgadas oportunas, juntamente com todos os elementos relativos ao procedimento licitatório e com a informação a respeito da atual prestação dos serviços licitados. Ficam autorizadas, desde já, vista e extração de cópias aos interessados. Publique-se.”

AVISO
Tem gente por aí ávida por jogar no ventilador tudo o que tem direito e não tem, contra um certo grupo no poder, que adianta a tal persona, ‘tem muita culpa em cartório’. Esta figura em questão já esteve ‘inserida no contexto’ – se é que me entendem – e agora, fora dele, quer expor as feridas abertas do rompimento. Preparem-se todos porque, se cumprir o que alardeia esta figura política, é ‘chumbo grosso’, nitroglicerina pura. Ele só está decidindo o espaço onde fazê-lo.

SEGUNDA-FEIRA, O DIA QUE NÃO TERMINOU

SEM LEGENDA

SEM LEGENDA

Amigos do blog, lá vamos nós. De novo, o beduíno deslumbrado é o centro dos acontecimentos (ruins) da cidade. E mais uma vez ele vem se justificar em cima deste escriba. Sou sempre o culpado, parece, por suas mazelas e atos tresloucados. Agora ele vem defender a cobertura de um despejo patrocinado pelo prefeito Geninho (DEM) contra o ex-vereador, hoje presidente da Associação dos Municipais, Antonio Delomodarme, o Niquinha. Defender o indefensável, na nossa opinião. Porque ele vê fato jornalístico onde só vejo notícia, talvez esta seja a diferença. Ele vê interesse público onde só vejo um ato jurídico-administrativo perfeito, em favor do município, contra um casal de funcionários públicos. Ele vê com normalidade tal atitude, respaldando-se na função de repórter, onde vejo um ato de agressão moral em nome da ‘imprensa’.  Nada obsta o senhor prefeito de fazer o que fez, é um ato legítimo. O imóvel é do município, portanto, do povo, e aquele local onde ele está será utilizado para a edificação de uma obra que virá dotar o estádio Teresa Breda de mais um equipamento para uso de jogadores, equipe técnica, etc. O Niquinha mora lá há 23 anos, e antes de entrar com a ação, o prefeito, por meio de sua assessoria jurídica, teria comunicado o ex-vereador de seu interesse. Teria agido melhor Niquinha se atendesse ao pedido e deixasse o local? Sem dúvida nenhuma. Mas, a ele é dado também o direito de contestar. Embora ali é sabido que a derrota era iminente. Não existe usucapião em próprio público. Bom, chegado o momento de executar uma ordem judicial, que se cumpra. Mas, não custava nada ao prefeito deixar que tal ordem se cumprisse…em ordem. E digo sempre que Geninho tem parte nesta situação, porque pude presenciar seu vivo interesse na questão, sendo informado a cada instante do ocorrido e suas consequências. Os ‘espiões’ ou ligavam ou vinham pessoalmente narrar o ‘calvário’ do seu desafeto-mor quando na Câmara.

AUTORIZOU, É?
Diz o beduíno deslumbrado que o juiz Hélio Benedine Ravagnani, que proferiu a sentença e determinou a desocupação, autorizou a imprensa a acompanhar o trabalho dos oficiais de Justiça, policiais militares e funcionários da prefeitura. E daí? E outra, para solicitar autorização do magistrado alguém estava sabendo, por antecipação, que isso iria acontecer naquela hora. E como sabemos que há coleguinhas que não saem dos corredores superiores do Palácio da 9 de Julho, é só juntar dois e dois. Apenas a título de informação, digo aos amigos que havia muito mais ‘imprensa’ no desalojamento doméstico de Niquinha e sua esposa, do que na reunião no Fórum, onde estava em discussão a paralisação ou não dos médicos da Santa Casa – o que acabou se efetivando – deixando claro qual o entendimento de ‘interesse público’ que norteia a nossa imprensa. Depois vem o beduíno e diz que o prefeito, pelo contrário, não queria a cobertura jornalística porque sabe que “parte da imprensa” da cidade é “podre e venal” e que o fato iria ser “distorcido”. Parem o mundo. Distorção é o que praticaram estes coleguinhas. Verdadeiro atentado ao bom senso jornalístico.

ATO VERDADEIRO
É bom que os amigos entendam que não está este que vos escreve professando a não publicação do fato (que não é jornalístico). A publicação do ocorrido pode e deve ser feita. O que não pode e não deve ser feita é a esculhambação, a execração pública de dois funcionários públicos, ao final. Não importa se ele foi foi polêmico, se é agressivo, folclórico, “detentor” (sic) de “várias passagens curiosas e interessantes”, definições que foram usadas pelo beduíno para justificar a ensandecida perseguição jornalística. Sei também que a imprensa é livre. Livre inclusive para exercitar seu discernimento quanto ao que é fato jornalístico e/ou de real interesse público. Se não, vejam os senhores nas linhas acima quais foram os argumentos usados por este cidadão agredido, para tentar nos fazer crer que tratava-se alí, de um fato jornalístico. É risível, para dizer o mínimo. Depois ele diz que eu achei “natural” a reação do Niquinha. Já estou acostumado. Ele é do tipo que houve e não entende, lê e não compreende. O que tentei dizer é que, diante das circunstâncias, e da antevista execração pública a que estaria para ser submetido o funcionário público, e ainda diante da insistência de Niquinha junto ao repórter para que não fotografasse – veja bem, que não fotografasse, e não que não fizesse a cobertura ‘jornalística’ – aquela acabou por ser a última instância de ‘convencimento’.

COMO FAZER?
Ainda dentro desta linha de raciocínio, sobre o direito à imprensa de divulgar o fato, continuo afirmando: Claro que deve ser divulgado. Mas melhor se fosse pelo lado jurídico-administrativo que tem. Por exemplo, alguém está sabendo o que o prefeito pretende fazer ali? Esse seria o lado administrativo da coisa. Alguém se interessou em publicar isso? Ou seja, qual o fato relevante, então, para eles? Claro, o despejo, puro e simples, a exposição, a execração. Caso contrário bastaria aos repórteres abordarem a questão jornalisticamente. E o que significa isso? Simples: ouvir os dois lados. Quem fez (o prefeito), quando fez (desde tal data, entrou com ação na justiça etecetera e tal), como fez (ganhou o direito à reintegração por despejo etecerea e tal) e por que fez (para erigir alí um alojamento, um edifício ou coisa que o valha). O que o funcionário acha disso? Há quanto tempo mora ali? O que pretende fazer agora? Um breve histórico e por aí afora. Pronto, está dada a notícia. Sem o ranço persecutório e revanchista que permeou todo o acontecimento de ontem à tarde. Causou-me espanto a falta de discernimento dos coleguinhas, que seguiram para lá feito bestas enfurecidas, só porque do poder emanou uma ordem.

CALMA, BEDUÍNO!
O cidadão agredido na tarde de ontem durante a ‘maratona’ do despejo do Niquinha não perdeu tempo. Este comentário do qual reproduzo trechos acima e comentarei neste bloco, foi postado por ele na sua página de notícias que ele chama de blog (agora ‘monetizado’ – chique, não? – tem até nota fiscal) logo após os comentários feitos por mim no meu programa na Rádio Menina-AM hoje de manhã. De impropérios em impropérios, o beduíno deslumbrado chega a dizer que eu tenho mesmo que defender este grupo do qual eu ganho para viver – olha, ainda não dá para viver com o que eu ganho deste grupo, não. E que eu já levei ‘lambada’ do ex-prefeito Carneiro publicamente e já estou acostumado. E ele não. Primeiro, que nunca, em tempo algum levei ‘lambada’ de quem quer que seja, porque este não é o meu feitio. A única altercação havida entre eu e o ex-prefeito, para quem não sabe, foi no dia 6 de fevereiro de 2001, em frente à então sede do PT, hoje Planeta News, que respondi à altura, em um jornal eletrônico que tinha, há 10 anos atrás (portanto, o que ele faz hoje está uma década atrasado) e há centenas e centenas de testemunhas desse episódio. No caso dele, acostumado ou não, tem sido tratado feito capacho pelo poder central, do qual insiste em lamber as botas e ser a voz corrente, rabo no meio das pernas. Levava ‘carraspana’ do ex-prefeito, sim senhor – porque ele também esteve naquele governo – e do atual e seus subordinados, então, nem se fala. E diz ainda que ninguém precisa chamar a imprensa, não, basta ser bem informado. De onde ele tirou essa idéia do jornalista-adivinho eu não sei. Mas que é uma novidade, isso é.

OS MÉDICOS
Muito bem, amigos, e deu o que já se esperava. Os médicos já não fazem mais, desde à zero hora de hoje, o plantão à distância na Santa Casa de Misericórdia de Olímpia. Não houve acordo. Eles não aceitaram a última proposta, de R$ 50 mil, feita pela provedoria do hospital. Portanto, não fique mal, não tenha infarto, traumatismo craniano, não tenha filhos, não deixe supurar seu apêndice, cuide bem do seu AVC, do seu coração, não caia, não frature nenhum osso, esqueça o raio-X. É mais ou menos por aí. Diz a nossa Carta Magna que a Saúde é um direito de todos e um dever do Estado. No caso do município, qual ente representa o Estado? A prefeitura municipal. Em última análise, portanto, é do município, leia-se Poder Público, a responsabilidade sobre o que vier a acontecer doravante com a saúde do cidadão que necessitar de um tratamento mais delicado e não encontrar. E morrer por causa disso. Mas, a Justiça local entendeu que o município não tem nada a ver com isso. Que a responsabilidade pelo pagamento dos médicos é da Santa Casa. Decisão polêmica, haja vista que o hospital não tem cacife para uma despesa de R$ 95 mil por mês a mais. Assim, resta ao MP fazer o quê? Sugerir ao município a  intervenção do único hospital de Olímpia.

NÃO TÃO FÁCIL
Mas, observem os amigos o quanto isso trará de dificuldades para o Poder Público. Embora não sejam poucas as vozes dizendo que o que o prefeito queria era isso mesmo, tomar posse também do hospital. Bom, mas a primeira coisa a fazer é transformar a Santa Casa em entidade municipal. A partir daí, dispensar todos os funcionários nela trabalhando hoje, porque o dinheiro público não pode ser usado para pagar quem não é funcionário concursado ou comissionado. Depois, passa pela criação dos cargos necessários para a efetivação deles por concurso público. Antes, o município já terá que ter resolvida a questão dos plantões à distância e presenciais. Neste último caso terá que contratar quatro profissionais em lugar de um só, hoje, porque eles teriam que rodar turno de seis horas, exigido por lei. Teria que ter formado o corpo clínico, nomeado os novos diretores técnico e clínico do hospital. Ou seja, teria que investir e muito para manter a ordem e o nível de atendimento. E se o prefeito alega agora que não pode ajudar a pagar os médicos, como então será possível arcar com tudo isso? Só ele mesmo para dizer. Diante disso, esperemos pelo plano ‘B’ que muitos dizem tê-lo ouvido dizer que tem para a Santa Casa.

E AS CONTAS
Foi uma festa só na noite de ontem. A bancada situacionista saiu para comemorar. Dizem que a chamado do prefeito. Que conseguiu, por meio dela, e com os votos de Guto Zanete (PSB) e Hilário Ruiz (PT), seu intento. Qual seja, a rejeição das contas de 2006 e 2007 do ex-prefeito Carneiro (2001-2004/2005-2008), que por não ter pagado precatórios, veio com parecer pela não-aprovação do Tribunal de Contas, o TCE. Depois de muitas idas e vindas, as contas finalmente foram para a pauta da sessão de ontem, e foram rejeitadas por empate em cinco a cinco nos dois casos. Eram necessários sete votos para a derrubada do parecer do TCE e consequente aprovação. Com isso, o ex-prefeito pode ficar inelegível por até cinco anos – há quem diga que a inelegibilidade é automática e que ele já estaria fora do páreo em 2012 – acabando com o grande medo de Geninho. O resultado, sem o convencimento de Zanete e Ruiz, já era esperado. A surpresa maior ficou por conta da rejeição do requerimento protocolado pela Comissão de Finanças e Orçamento-CFO, pedindo o sobrestamento da votação por duas sessões ordinárias subsequentes, sob a alegação da necessidade de melhor instrução jurídica da defesa, para o debate do tema. Bertoco (PR) e Toto Ferezin (PMDB) votaram contra o adiamento da discussão e votação, pedindo que a ‘novela’ se encerrasse ali.

ARGUMENTOS
Bertoco usou como argumento uma decisão que disse já tinha tomado há tempos, de que quando as contas fossem a plenário e lá estivessem os dez vereadores, votaria. Se um deles tivesse faltado, então “seria o primeiro a pedir o adiamento”. Já Toto Ferezin, ao justificar a rejeição do requerimento disse qualquer coisa assim: “Por acreditar na inocência do ‘réu’, voto pela rejeição do requerimento.” Réu? Ninguém entendeu muito bem. Requerimento derrubado por cinco votos a quatro, os projetos de Decreto Legislativo 304 e 307 foram à votação e, com os empates em cinco a cinco, foram rejeitados os pareceres da Comissão de Finanças e Orçamento, que eram pela derrubada do parecer do TCE. Salata não se conteve e, ao ouvir o voto contrário de Zanete gritou, aplaudindo: “Muito bem!”

SUSTO
Diz a lenda que, antes disso, porém, uma névoa de temor percorreu o plenário, com o lider da bancada imaginando que os votos contrários de Bertoco e Ferezin ao requerimento da CFO fosse uma ‘pegadinha’. Ou seja, que assim havia sido combinado entre eles, para que Zanete e Ruiz votassem favoráveis às contas à última hora. Por isso, talvez, o aplauso e a saudação de Salata. Por alívio.

PENDURADO
Neste episódio das contas do ex-prefeito Carneiro, dizem, tem mais mistérios entre as conversações e a votação propriamente dita do que possa imaginar nossa vã filosofia. Interesses outros que não propriamente políticos estiveram envolvidos. E na hora do ‘vâmovê’ tais interesses falaram – como sempre falam – mais alto. “Os detalhes estão guardados a sete-chaves”, disse-me uma fonte, para o momento mais apropriado. “E este momento não demorará a chegar”, ameaçou.

CARNAVAL/2010: PELO MENOS UMA QUASE-VERDADE

INQUINDÔ, ISQUINDÔ!

INQUINDÔ, ISQUINDÔ!

Amigos do blog, não é fácil tentar manter o juízo no lugar, a razão à flor da pele, e a massa desperta quanto a detalhes de uma prática política perigosa, nestes tempos protofascistas que a cidade vive. Basta uma leve discordância para que as milícias peguem em armas e partam para cima do desafeto. No final de semana passado, por conta de alguns números relativos ao Carnaval-2010, mais especificamente relativos aos bailes no ‘cercadão’ postados aqui, fui alvo dos mais destemperados comentários, principalmente partidos do beduíno deslumbrado, aquele rapaz que de tão anti-ético que é vem usurpando junto ao Governo Municipal função que não lhe foi outorgada. E que até papel segura para assessor de segundo escalão fazer discurso. Tudo por ‘amor’ ao mandatário. O tipo não perde uma oportunidade de me atacar, e os amigos são testemunhas disso, e depois ainda tem o desplante de dizer que eu pego no pé dele, como se importância tivesse ele para tanto. E quero dizer aos outros que me atacaram, também, que em nenhum momento disse que o carnaval de Olímpia não foi bom. Se algum deles encontrar algo nos meus posts neste sentido terá razão, mas não vão encontrar, porque efetivamente em momento algum eu disse isso. O que disse, e reafirmo, é que não é, ainda, o melhor carnaval da região. Porque não é. Quanto ao terreno, agora sim posso dar crédito ao volume de pessoas que eventualmente tenham estado lá, porque soube de fonte segura e verdadeira, que a área mede cinco mil metros quadrados limpa. Portanto, se colocados mil metros quadrados como área ocupada e os restantes quatro mil metros como área livre, então haveria espaço – vejam bem, haveria – espaço para 12 mil pessoas, o que seria o público da última noite, terça-feira, segundo a organização da festa. Portanto, para um público total de 30 mil, como anuncia a assessoria do prefeito Geninho (DEM), restam outras 18 mil pessoas, que divididas pelas três noites restantes, seriam seis mil em cada uma delas. Mas é forçoso reconhecer a dificuldade de aceitar que nas noites de sábado e segunda-feira, seis mil pessoas estivessem por alí. Mas, como é para fechar esta questão, vamos aceitar que isso é sério. Assim o debuíno fica mais calmo. E volta para os seus prozacs.

OCULISTA
O beduíno deslumbrado me receitou dois oftalmologistas de renome de nossa cidade, à guisa de crítica pelo meu post do final de semana passado, que agora tomo a liberdade de recomendar, também, aos julgadores das escolas de samba. A Gaviões da Verde e Rosa em segundo lugar? Que coisa, hein?

E LÁ VAMOS NÓS
A Imprensa Oficial de sábado passado, 20, trás publicado em sua página 2, edital de oferta pública nº 004, visando autorizar onerosamente o uso do espaço do Recinto do Folclore, para a realização das festividades do aniversário de Olímpia, no período de 26 a 28 de fevereiro, e 1º de março. Oferta mínima de R$ 5 mil, e oferecer espaços publicitários em rádio AM e FM de 100 inserções respectivamente, divulgando o evento. Além de cobertura total da festa, em rádios FM e AM, com  flashes e reportagens ao vivo. Mas, tudo indica que a publicação é pró-forma, porque já não é nem à boca pequena que corre na cidade que os shows que antecedem o principal, que é o Roupa Nova, na segunda-feira, 1º de março, serão realizados pela Band FM, do Fernando Martineli. Serão trazidas para se apresentar várias duplas sertanejas, ainda não anunciadas, daquelas que mantêm vínculo permanente com o Sistema Band de Rádio em todo Estado, nas noites de sexta, sábado e domingo próximos. Resta saber se o valor mínimo cobrado é também só para inglês ver. E fica a pergunta: quem se responsabilizará pela estrutura de som, luz e palco, o que geralmente é a parte mais onerosa, em casos de shows de menor calibre? É só pra saber.

É HOJE
Logo mais, às 19 horas, acontece mais uma sessão ordinária da Câmara Municipal, cujas únicas matérias dignas de atenção são os dois projetos de Decreto Legislativo (304 e 307) que tratam da aprovação das contas de 2006 e 2007 do Governo Carneiro. Tudo indica que o parecer contrário à aprovação destas contas deverá ser mantido, porque o ex-prefeito Carneiro (PMDB) não deverá contar com os votos de Guto Zanette (PSB) e Hilário Ruiz (PT). Algumas correntes políticas da cidade, até contrárias e de oposição ao então Governo Carneiro, tem opinado ser injusta a reprovação das contas por causa de não pagamento de precatórios. Justificam dizendo que os prefeitos anteriores também não pagaram, fizeram os tais precatórios e não deram cabo das dívidas. Mas, ao mesmo tempo reconhecem que a partir do momento em que se tornou lei (2006) o pagamento de precatórios, não podia o prefeito deixar de pagá-los. Porque, neste caso, desobedeceu à lei. Já disse tratar-se de um motivo prosaico este para a rejeição das contas de Carneiro. Mas, o princípio do bem governar pressupõe o cumprimento à risca da lei. Embora esta votação de logo mais à noite esteja sendo tratada no âmbito político. Mas, vingando a aprovação do parecer pela rejeição, estará criado um parâmetro para todas as outras coisas daqui para frente. A tática dos dois pesos e duas medidas vai ficar mais difícil. Portanto, há males que vêm para o bem.

DAQUI A POUCO
Também é hoje a reunião derradeira entre médicos, diretoria da Santa Casa, prefeito e Ministério Público, em torno do assunto ‘plantão de disponibilidades’, cujos 33 profissionais responsáveis por ele não querem fazê-lo mais, se não receberem o que é de lei, ou seja, 1/3 do que ganha um plantonista presencial do Pronto Socorro daquele único hospital de Olímpia. A contraproposta a ser feita será de R$ 50 mil por mês, pelo menos durante este ano, contra os cerca de R$ 95 mil pedidos. A situação ganha uma certa gravidade, a partir do momento em que é esperada a palavra final dos médicos hoje, para por fim a esta novela. Eles iriam parar na sexta-feira passada, mas levaram a situação até hoje, para esta reunião. E agora está assim: ou eles aceitam e o caso se encerra, ou o município terá que praticar uma intervenção no hospital, e municipalizá-lo. Para o bem ou para o mal. Amanhã conto o resultado.

MUITA CALMA NESTAS HORAS….

ILUSÃO DE ÓTICA

ILUSÃO DE ÓTICA

Amigos do blog, a coisa ficou meio esquisita em relação àquela área onde hoje funciona o Centro de Distribuição do Minerva, no trevo da Assis Chateaubriand. O prefeito, conforme se lembram, resolveu ‘peitar’ o grupo Friovale, dono dali – comprou na gestão passada por mais de R$ 390 mil – para defender os interesses do Minerva, e o pessoal não gostou nem um pouco. Assim, fez publicar neste sábado no jornal “Folha da Região”, e na semana que vem sairá também no “Planeta”, nota de esclarecimento, onde refuta, primeiro, as publicações das matérias nos dois jornais e, depois, as bravatas do prefeito Geninho (DEM) que a empresa considerou, entre outras coisas, “lamentável”. Pelo “Planeta” posso falar, porque nele nada se publicou que não fosse baseado nas palavras do próprio prefeito, que por sua vez disse ter ouvido de um dos diretores do Minerva os queixumes. Não houve acusação nenhuma contra a empresa, nem sequer um pré-julgamento sobre se é ou não responsável pelo desemprego anunciado pelo Chefe do Executivo. E não houve, também, nenhum tratamento desrespeitoso a ela, como alega. Não no “Planeta” – e quem leu a matéria na versão impressa ou quiser lê-la agora, está na internet (www.planetanews.com.br), vai ver isso. Agora, pela “Folha” deve falar ela mesma, e da parte do prefeito idem, ou fala ele, ou um de seus muitos assessores, se for o caso. A Friovale considerou “lamentável” a cogitação feita pelo prefeito de desapropriar o imóvel em benefício do Minerva, “o que corresponde a uma violência aos princípios básicos do direito e uma interferência dasarrazoada do Poder Público na esfera privada”, conforme diz a nota em seu trecho final. A Friovale diz, ainda, que “está sediada na cidade de Olímpia, pagando impostos e aqui pretende permanecer”. E diz mais: “Se não for possível manter um acerto financeiro com o Minerva”, já está buscando outras empresas e parceiros para operar a Câmara Frigorífica “que poderá gerar tantos ou mais empregos do que atualmente é gerado pelo Minerva”. Está demarcado o ringue e definidos os contendores. Vai falar mais alto, no entanto, a habilidade política do prefeito para apagar este incêndio provocado por ele mesmo. Pela nota, fica claro que a força não prosperará nesta seara. E que se o prefeito mantiver sua postura dura em relação à Friovale, o Minerva vai mesmo, embora. Portanto, muita calma nesta hora.

OUTRA NOTA
Também é interessante que se façam observações quanto a um artigo publicado na “Folha da Região” de hoje, intitulado ‘Tentativa de Aborto’, e assinado pelo advogado, escritor e poeta Mário Francisco Montini, que se assina como ‘conselheiro do Thermas’. Um ataque frontal àqueles que hoje buscam um espaço democrático dentro do corpo administrativo do Clube. Mas, o artigo tem lá sua importância, porque torna público aquilo que o grupo em questão vem denunciando perante os associados de modo geral, há tempos, e discutindo em suas reuniões. A prática de ceder espaços comerciais para “os mais chegados”, inclusive membros do conselho, o que, segundo o grupo, é no mínimo imoral. O conselheiro do clube faz a ‘confissão’ disso em sua escrita. Defendendo a não realização de licitação para a cessão destes espaços. “O Thermas não é orgão público que demande licitação para contratar”, diz Montini. E fica a pergunta: é, por outro lado, órgão particular? Diz mais, Montini: “A Executiva do Thermas possui a discricionariedade de dispor dos espaços conforme lhe convém”. Será mesmo, senhor conselheiro? É sabido que o grande entrave do clube hoje, não manifestado por sua diretoria, mas perceptível em certas atitudes e posicionamentos, são os associados, necessários quando da concretização do “Sonho de Benito Benatti”, mas hoje uma ‘dor de cabeça’ para o exercício de uma mais ampla ‘discricionariedade’ da Executiva.

E O QUE FIZERAM
OS ‘UNGIDOS’?
O conselheiro Montini também justifica a cessão de espaços comerciais dentro do clube aos ‘mais chegados’, com o argumento de que eles são merecedores, ao passo que a diretoria não poderia ceder espaços comerciais “para quem jamais fez algo pelo Thermas, jamais contribuiu quando o clube era apenas ‘uma idéia mirabolante’ de um empresário de sucesso”. Talvez seja necessário dizer que este grupo é formado por sócios patrimoniais do clube, ou seja, aqueles que, no primeiro momento, se dispuseram a comprar cotas, para viabilizar, tornar realidade a edificação da “idéia mirabolante” do empresário Benito Benatti. Presume-se, portanto, que têm eles tanto direito, então, que aqueles, caso julgassem justo este critério de concessão. Ou não? Ao contrário do que argumenta Montini, é ilógico, sim, que a administração do clube privilegie “aqueles que foram por anos sustentáculo moral e material para a consolidação do melhor clube da América Latina”. Ele está falando de quem, exatamente? E o que estes ‘sortudos’ senhores fizeram de tão mais extraordinário que qualquer sócio patrimonial não tenha feito? De resto, o artigo de Montini é um libelo à não-democracia institucional que deveria imperar desde o princípio naquele espaço de lazer. E se, de fato, a diretoria está “ouvindo com atenção as idéias e respeitando as opiniões” dos contrários, deveria destruir, de verdade, o espírito de egoísmo e o personalismo que ora acometem tantas figuras que, da mesma forma, Montini, “se acham” em direitos e se auto-proclamam “salvadores” do Clube. O resto são falácias.

LATA DE SARDINHA?
A assessoria de imprensa do prefeito Geninho (DEM) está encaminhando à imprensa e fazendo publicar nos jornais e meios de divulgação ‘da casa’, que no carnaval de Olímpía, “mais de 30 mil pessoas” pularam nas quatro noites, no ‘cercadão’ da avenida. Isso dá uma média de 7,5 mil pessoas por noite ali, naquele exato local. Pior ainda, é quando diz a assessoria, que na última noite da festa, o show do Jeito Moleque levou para aquele canto da cidade, “mais de 12 mil pessoas”. De onde tiraram estes números, não dizem. O que deixa antever a informação é que são ‘chutes’, e bem para o alto. Se não, basta que apenas o amigo do blog avalie o tamanho da área em questão. Quanto pode medir? Com muita generosidade, talvez uns 100 metros quadrados? Tiremos então os espaços dos banheiros químicos, do camarote, da praça de alimentação lateral e frontal, além do espaço de segurança entre estes equipamentos e a cerca, mais o palco no fundo. Quanto se perdeu em espaço livre? A capacidade oficial de cada metro quadrado, com segurança, é de quatro pessoas. Há uma tolerância, em casos extremos, para até seis pessoas por metro quadrado. Portanto, calcular que por lá passaram nas quatro noites, no máximo oito mil pessoas, não é absurdo. A bem da verdade, 30 mil pessoas nas quatro noites não chega nem somando todo o público dos desfiles de domingo e terça-feira. Nestes casos, gente, vale a lógica material, não a propaganda. Menos, pessoal, menos…

UMA TRÉGUA E UM ‘TRATADO’ SOBRE PROTOFASCISMO

FIGURANTE E ESTANDARTE DE ESCOLA DE SAMBA

FIGURANTE E ESTANDARTE DE ESCOLA DE SAMBA

Amigos do blog, ainda não foi desta vez, nem para a paralisação, nem para um acordo. O encontro de ontem serviu para que se possa dar uma ‘respirada’ na questão da pretendida paralisação dos médicos plantonistas da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia. Só uma trégua, até segunda-feira, às 17 horas, quando novo encontro está marcado para o Gabinete do promotor Gilberto Ramos de Oliveira Júnior. E, deste encontro, ou sai um acordo entre as partes, ou o município terá que intervir no hospital. Situação de risco para o Executivo Municipal, que teria que transformar a Santa Casa, de entidade filantrópica, em entidade municipalizada. Perderia uma série de benefícios, e ainda acarretaria uma despesa estrondosa para os cofres públicos. Além da responsabilidade de ter que garantir atendimento de urgência e emergência sem falhas. Dificil, porque ainda hoje este Governo não encontrou mecanismo eficiente para fazer seu próprio sistema de Saúde público funcionar como se deve. Voltando ao tema, a proposta surgida no encontro de ontem foi a de oferecer aos médicos, por um certo período, R$ 50 mil, com a prefeitura ‘inteirando’ com R$ 13 mil os R$ 37 mil já oferecidos e não aceitos pelo grupo de 33 especialistas. “Ou eles aceitam ou o município intervém”, sentenciou a provedora Helena Pereira, que espera ser a de segunda-feira, a última reunião.

FORÇAS
O próprio diretor-superintendente do Cremesp, Carlos Marcelo Santiago, é um dos entusiastas pelo acordo na semana que vem. “O promotor vem tendo uma postura elogiável. Se não fosse ele, tudo já teria degringolado”, lembra Helena. Santiago também elogiou o respaldo dado pelo MP à causa. E ele próprio ligou para o presidente da Comissão de Ética do Cremesp em Olímpia, médico Tássio Carvalho e Silva, pedindo a ‘trégua’ até segunda-feira, 22. Importante lembrar, sempre, que se não houver acordo, o município terá que pegar o hospital para sí e cuidar dele, como até agora, desde 2006, ele vem sendo cuidado por um grupo de voluntários sem posses financeiras. Dificil vai ser continuar tendo total apoio naquilo que lhe é possível, do povo olimpiense, como acontece hoje. Porque o comportamento popular sempre foi o do distanciamento enquanto grupos políticos estavam à frente da entidade.

ADENDUM
Este blog informa a quem interessar possa, que não está, absolutamente, disputando audiência com quem quer que seja que se auto-denomine como tal, nem está postulando o cargo de melhor ou pior, ou ainda coisa que o valha. Informa a quem interessar possa que vai simplesmente continuar trilhando o caminho para o qual foi desenvolvido, incomodando ou não as chamadas ‘forças protofascistas’ e seus filhotes. Informa a quem interessar possa, ainda, que não tem por princípio dar notícias, mas, sim, tem por princípio escarafunchar a notícia, transformá-la em informação, para o bem ou para o mal. E que cada linha aqui postada é de inteira responsabilidade de seu autor, e escrita com a mais ampla liberdade que convém a um observador atento. E informa, por fim, que de nada adiantarão as diatribes costumeiras de certos meios ‘encomendados’ e pautados via celular. E aos usurpadores, informa que tem fé na ‘guilhotina’ da justiça moral e ética.

MEDA
Andam espalhando por aí que o assessor-braço-direito do prefeito Geninho (DEM) está ameaçando processar este blog por causa de comentário feito aqui no domingo passado quanto a seu comportamento no palco do carnaval/2010. Já disse aqui em post anterior que o protofascismo não admite críticas? E que os protofascistas são figadais e intolerantes ao extremo (Em tempo: “proto” refere-se aos sinais de um início ou os sintomas de ressurgimento do fascismo em nossa época)? Interessante notar como certas pessoas mudam de caráter e comportamento, conforme mudam suas situações frente à sociedade. Num tempo farrapos, noutro ‘noblesses’. Mas, na essência, continuam sendo as mesmas almas atormentadas. São pessoas incapazes de olhar para o passado recente e procurar melhorar com a situação presente, esquecendo-se de que o amanhã logo virá, e que o gozo do poder, como já disse, é efêmero. E que o poder passa e os homens ficam. Alguns melhoram pós-poder. Outros pioram. A outros, ainda, nada acontece, porque lhes falta alma. Enfim, se caso o assessor-braço-direito for mesmo tentar me processar, só espero que não use da estrutura jurídica paga com dinheiro público – direta e/ou indiretamente. Que o faça às suas espensas, para que seja dado o exemplo da probidade necessária. E assim, também, demonstre seu desapego ao poder temporal.

PARA COLABORAR COM A DISCUSSÃO
Para o amigo que caso não tenha tido até agora acesso a nenhum texto que trata do protofaciscmo, a título de contribuição para o debate, reproduzo abaixo importante estudo publicado sobre o tema, que é bastante esclarecedor. Se o amigo tiver interesse e tempo, segue abaixo o texto, na íntegra. Leia, garanto que é revelador de muitas situações vividas na cidade nos últimos tempos.

Como identificar o
protofascismo em nosso meio
Preocupado com a ascensão do fascismo na Europa, denominado de “nova direita”, o pensador e semiólogo italiano, Umberto Eco, já em 1995, em artigo intitulado A nebulosa fascista, (Folha de S. Paulo-Cad.Mais! 14/05/95) propôs 14 pontos que visam distinguir o nazismo do “protofascismo” na sociedade contemporânea. A seguir, apresentamos 8 distinções entre ambos, baseados em U. Eco, S. Beauvoir, S. Sikek, entre outros da bibliografia consultada.

1) O nazismo tinha uma teoria das raças, do povo ariano naturalmente escolhido para mandar nos demais, era anti-cristão e seguia a filosofia materialista. Para Hitler, a decadência da civilização proviria obrigatoriamente do cruzamento de raças, portanto, sua solução era que a humanidade fosse dividida segundo as raças, onde haveria de fundar o Übermenshc (super-homem). Seu regime político era necessariamente totalitarista. Já o fascismo mesmo não sendo inteiramente totalitário, era um sistema de força que deixava a população dividida, entre os partidários da truculência e os pressionados a passar para o lado dos fortes, senão seriam perseguidos. Tanto faz se o fascismo for de estado, de uma instituição, de grupos ou indivíduo, sua atitude é fundada na intolerância, na perseguição aos diferentes e termina gerando efeitos traumáticos sobretudo naquelas pessoas que são despossuídas de poder. A tolerância é uma virtude que “tem certos limites, que são os de sua própria salvaguarda e da preservação de suas condições de possibilidade” (Comte-Sponville, A., 1995, p. 173-89).

Assim como não se pode ser tolerante com o criminoso, também não se pode ser tolerante com quem é intolerante. Karl Popper, observa que há um paradoxo da tolerância: “Se formos de uma tolerância absoluta, mesmo para com os intolerantes [e protofascistas]e se não defendermos a sociedade tolerante contra esses assaltos [agressões, abusos de poder, terrorismos], os tolerantes serão aniquilados, e com eles a tolerância”. Portanto, ser tolerante para com o protofascismo e seus agentes – que são fudamentados na intolerância aos diferentes no modo de ser, de pensar e agir – é, pois se oferecer ao aniquilamento enquanto virtude e pessoa existente.

2) Um traço protofascista é o “culto da ação pela ação”. A ação fascista é beligerante e carece de reflexão prévia, logo, é uma ação de fundo irracional ou passional e imprudente. O fascista não fala, age e faz discursos. Quer dizer, nele some a pessoa – que fala – para dar lugar ao discurso político em nome de alguma causa. O discurso que a engendra costuma vir em forma de razão e moral cínicas, de moralismo e legalismo positivista. Segundo S. Sizek, a “razão e a moral são cínicas” na medida em que eles sabem que fazem um ato mau, mas mesmo assim argumentam sobre a “justeza” e a “humanidade de seus atos”. Sua denúncia não é baseada na justiça, mas no seu próprio sentido de justiça que visa prejudicar alguém, por vezes fazendo uso da delação, da palavra ferina, de insinuações e alusões e até pode usar de agressão física num momento de descontrole. (No caso do terror, a violência extrema é calculada racionalmente, portanto, não se trata de um ato louco, mas de um ato perverso). O protofascista, procura justificar que seu ato foi “para o bem coletivo…”, “para evitar a decadência estética das artes…”, “para evitar um mal maior” ou ainda como era freqüente nos tempos da ditadura: “para salvar a nação dos comunistas, da corrupção, dos gays”, etc.

3) Enquanto o desacordo é sinal de diversidade, o protofascista pretende alcançar o consenso explorando o medo e a angústia das pessoas. O ambiente de trabalho, por exemplo, é lugar escolhido para gerar intrigas, divisões. Há estudos que trabalham com a hipótese de que espaços movidos pelo espírito protofascista produz mais esquizofrenias paranóides que os outros. Assim como existem seres humanos “terapêuticos”, que fazem bem aos outros, também há personalidades perversas que tem a capacidade de causar desarmonia social, desequilíbrio psíquico e atravancar o andamento de projetos, desenvolvendo: desconfiança, ressentimento, inimizade, sensação de pavor, de perseguição ou paranóia.

4) Não importa se a ideologia “oficial” do grupo é nazi-fascista, anarquista, ou até mesmo socialista ou ecologista, a tática protofascista pode intencionalmente ocupar todos os espaços para fazer sua política de “tudo vale”. Os indícios vão desde slogans do tipo “Brasil: ame-o ou deixe-o” (lembram do período Médice?), também, posicionamentos do tipo “quem não está conosco, está contra nós” (comuns em assembléias de decisões). Por vêzes, as atitudes moralistas ou legalistas “da letra” podem esconder interesses ocultos de ânsia pessoal pelo poder ou de gozo perverso em sustentar a atitude de beligerância.

5) A estrutura psíquica do protofascista tende a ser perversa e narcisista. “Perversa” porque são incapazes de amar outra pessoa e respeitar a lei que fundamenta a convivência humana e “narcisista” porque “acha feio o que não é espelho”; quanto patológico, o narcisista rejeita tudo que é diferente (idéias, opiniões, crenças, valores, modo de agir e de ser) e somente aceita o que é seu igual. Há patologia no seu ato de olhar que sempre acha alguém ou grupo como “mau”. Para o nazista, o narcisismo está em atribuir a culpa de tudo de ruim na economia e na sociedade aos judeus. Hoje, o fascista pensa que aqueles que não se enquadram exatamente nas idéias, crenças e valores que ele acredita, devem ser queimados, eliminados socialmente ou fisicamente. A vontade de poder do nazismo e a intolerância do fascismo tem repugnância pela compaixão ou empatia que é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de sentir-se na pele do outro e sofrer com ele. (O mesmo posicionamento do fascista acontece com o terrorista, com um diferencial: sua causa é o gozo místico que está acima da vida dele e de todos, não há compaixão, não há empatia, só fanatismo). É próprio da estrutura perversa e narcisista do protofascista: a dureza de caráter, a frieza de espírito, a indiferença, a secura no coração, a insensibilidade diante de um necessitado e sua tendência a falar mal dos que não se adequam à sua camisa de força moral. São os agenciadores das fofocas e da politicagem. Goebbls, o ministro da comunicação de Hitler, dizia que “uma fofoca é uma mentira que repetida várias vezes, terminam virando verdade”.

6) O protofascista, acredita [delira] que está em marcha uma conspiração, uma rede secreta de conspiração. Os supostos inimigos podem ser os comunistas, os negros, os gays, as mulheres que estão subindo ao poder, todos aqueles que recusam a fazer pacto cego com ele, são vistos como os “do mau”. Sua visão de mundo maniqueísta divide-se entre os que representam “o bem” e os que representam “o mau”. Um fascista costumava dizer: “Quem não está do nosso lado é contra nós”. É notável seu desprezo pelo pluralismo de idéias, a incapacidade pelo diálogo e debates de idéias. Eles pensam que estão sempre do lado do bem e da verdade absoluta. O protofascista vive a fantasia de ter sido eleito pelo divino para fazer o bem. Seu ideal e ação são messiânicos. (Nesse sentido, tanto os EUA, como os terrorista tem algo em comum: o messianismo delirante – escrevo esse adendo após os ataques de 11/09/01, em Nova York). Segundo U. Eco, os fascistas estão condenados a perder suas guerras porque são visceralmente incapazes de avaliar objetivamente a força do inimigo.

7) Para o protofascista, “não há luta pela vida mas vida pela luta”. Acredita que o homem é o lobo do homem, a vida é uma luta em que vencem os mais fortes. Vivendo em estado de guerra permanente, ele vê o pacifismo como fraqueza ou simplesmente um mal na sociedade atual. Umberto Eco chama de “complexo de Armagedon”, porque há nele a crença de que haverá uma batalha final para derrotar de vez os inimigos, após o qual o movimento controlará o mundo. Após a “solução final”, haverá uma Era de Ouro, o que contradiz com o princípio da guerra permanente no fascismo. Enquanto a Era de Ouro não vem, alguns poucos fascistas escolhem viver perigosamente o gozo da luta política. Mussolini, símbolo número um do fascismo, que se aliou a Hitler na 2a. guerra mundial e que acabou pendurado de cabeça para baixo, exposto à execração pública dos italianos, tinha como lema de vida “vivere pericolosamente”. Dizia: “Prefiro um dia de leão a mil de ovelha”.

8) Para além das idéias de Umberto Eco, observamos que o protofascista é movido pelo esquizo-paranoidismo. Por exemplo, em casa tende a ser uma pessoa de convivência harmônica, aparentemente equilibrada, mas quando está com seu grupo de iguais ideológicos, entra em “transe grupal”, isto é, alucina um campo de batalha onde se oferece aos imperativos da gestalt do grupo, como um soldado, uma bestasfera agressiva, intriguenta, e suicida, enfim, abdica de sua identidade pela “causa” mítica. Alguém disse que tais pessoas são tomadas pelo “espírito de Torquemada” (inquisidor espanhol que mais matou em nome da ‘santa inquisição’) ou pelo “estilo Goering”, o segundo homem após Hitler, que na intimidade era bonachão, amante das artes e da cultura, mas no trabalho colocou sua inteligência na invenção dos campos de concentração e no extermínio em massa dos não arianos. (Esse estado de “transe” poderia ser coletivo e vingativo; uma vez que é puramente passional poderia causar efeitos extremamente imprevisíveis, tanto homicidas como suicidas. É só dar uma olhada na história das guerras).

Uma vez terminada a ditadura militar, no Brasil, de clara orientação fascista, lamentavelmente ainda sobrou seus efeitos camuflados entre diversos grupos sociais, tal como aquele que ensaiou um movimento separatista no sul do Brasil. Na convivência cotidiana, os protofascismos estão expressos nos assédios morais, nos discursos que desqualificam o próximo, nos atos de injustiça, nas bisbilhotagens dos grampos telefônicos, nas intrigas calculadas para prejudicar um colega de trabalho ou estudo, nas falas e atos provocativos de qualquer espécie, etc.

Diante do obscurantismo de nossa época, da esclerose de idéias e de valores, da mediocridade de pensamentos que não consegue dar conta de entender a complexidade de nossa época e, sobretudo, a ausência de sabedoria em todos os setores da existência humana, só nos resta ficarmos de plantão para prevenirmos em relação ao protofascismo individual ou institucional.

Ou seja, no cenário mundial contemporâneo, há indícios de aparecimento de um novo fascismo (o protofascismo) conforme apontamos no início desse artigo, projetando uma nova Auchwitz, ou outros novos movimentos movidos pelo ódio, que obrigam os diferentes a pregar no peito ou na alma suas ideologias tresloucadas, símbolos e atitudes de intolerância e de opressão do mais forte sobre os fracos.

Infelizmente, o fascismo, nazismo e o racismo estão entre nós sob inocentes disfarces. (Já o terrorismo, pela sua própria natureza e modo cruel de expressão é de origem perversa e narcisista, gostando de se expor os seus efeitos e fetiches visando obter gozos “loucos” com o sofrimento dos outros).

Contra o protofascismo, o nazismo, o racismo e o terrorismo resta-nos mais que nos defendermos, rápida e eficazmente, desmascará-los, desmantelar sua armação homicida e suicida, que pode aparecer em qualquer momento e em qualquer parte do mundo. Nossa senha deve ser: “não esquecer, resistir, denunciar e sobretudo apostar na VIDA, sempre!!!”.

CARNAVAL FINDO, MÁSCARAS NO ARMÁRIO, PÉS NO CHÃO

TEMPOS RUINS NO HORIZONTE OUTRORA AZUL!

TEMPOS RUINS NO HORIZONTE OUTRORA AZUL!

Amigos do blog, estava marcada para às 18 horas de hoje, uma última e derradeira reunião, desta vez convocada pelo promotor Gilberto Ramos Júnior, que está intermediando a questão relacionada à paralisação dos médicos plantonistas da Santa Casa, para se tentar um entendimento e o fim do movimento. Participariam o próprio promotor, um delegado regional do CRM e o prefeito Geninho (DEM), segundo informações. Ainda não se sabe o resultado do encontro, mas se as expectativas não forem alcançadas, a partir da zero hora da sexta-feira, também conhecida como meia-noite de hoje, não haverá mais médicos especialistas no plantão à distância no único hospital público de Olímpia, para qualquer eventualidade. Já falei aqui anteriormente o que os médicos agora estão pedindo, em contraproposta encaminhada direto ao MP, segundo o advogado do grupo, Gilson Eduardo Delgado, para “evitar lavação (sic) de roupa suja”. Para refrescar a memória dos amigos, repito aqui o que os médicos estão pleiteando: a proposta da categoria é de início receber um valor 66% abaixo do inicialmente estipulado, ou seja, R$ 300 a cada 24 horas de plantão, ou R$ 150 por 12 horas, a partir de amanhã, 19, até dia 31 de maio. A partir do dia 1º de junho e até 31 de agosto, esta redução cairia para 20%, ou seja, eles passariam a receber R$ 400 por 24 horas e, consequentemente, R$ 200 a cada 12 horas. E a partir do dia 1º de setembro, chegaria-se ao um terço do que ganha um plantonista presencial, como manda a resolução 142 do Cremesp. A Santa Casa, como já falei também, não pode eceitar esta proposta, se não aceitou as enteriores. Não tem fundo de caixa suficiente para a despesa, orçada em torno de R$ 53 mil. Mas, os profissionais médicos se ‘contentariam’ com a anuência à proposta do próprio Ministério Público e, claro, do prefeito. Mas, como disse também, o prefeito já deu mostras de que não está disposto a ‘meter a mão no bolso’, digo, nos cofres públicos. Até se eximiu de responsabilidade em reunião recente. “O problema não é meu, é da Santa Casa”, disse ele, entre outras bravatas. A Santa Casa, com essa paralisação, ficaria sem seus diretores clínico e técnico. Clamando então por uma intervenção. Neste caso, a ser decretada por um “ente estatal”, e o “ente estatal” mais próximo do hospital é a prefeitura. E “a responsabilidade (pelos serviços em saúde) é do Estado, e não do médico”, conforme o advogado. Portanto, para o prefeito, a situação está mais ou menos assim: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.

REGIONAIS
Esta contraproposta dos médicos foi elaborada após reunião da categoria com dois regionais do CRM – Santiago e Marcos, o que tornou possível tentar a nova via. “Chegou-se a um termo escalonado, do qual, no entanto, os médicos não abrem mão, até porque temos uma decisão judicial que nos favorece”, disse o advogado Gilson Delgado. A decisão judicial é aquela que exclui a prefeitura do processo movido pelo grupo, responsabilizando somente o hospital pelo pagamento, segundo a juíza Andréa Galhardo Palma. “Mas, queremos a assinatura do MP e do prefeito”, assevera o advogado. E é para isso, esta reunião marcada para daqui a pouco. Vai se fazer esta tentativa. Mas, o estado de ânimo do prefeito terá que mudar muito nas próximas horas, para que algo de bom aconteça. Porque hoje de manhã, a única informação que deu sobre o assunto foi que a primeira parcela de R$ 65 mil do repasse anual para a Santa Casa já estava sendo encaminhada. Sobre a crise, nenhum comentário. É destes R$ 65 mil que a provedora Helena Pereira sugeriu tirar R$ 15 mil para juntar aos outros R$ 10 mil do Thermas, aos R$ 10 mil da Unimed e aos R$ 2 mil da Açúcar Guarani, formando os R$ 37 mil que ofereceu aos médicos e eles não aceitaram. Lembrando que este é um dinheiro que já chega ao hospital comprometido. Ou seja, seria desnudar um santo, para vestir outro, como se diz.

É LEGAL
Quanto à alegada infração ao artigo 35 do Código de Ética do CRM, aquele que diz ser vetada à categoria deixar de prestar atendimento médico, o advogado contesta. “Não infringe o Código porque só quando o paciente for de responsabilidade do médico (isso não pode acontecer). Mas, se ele não estiver na escala, não é responsabilidade dele”, diz Delgado. Além do que, para o advogado, “o Código de Ética é contraditório, depende de interpretação”. Diz Delgado, também, que o próprio CE “manda acatar toda resolução dos órgãos regionais”, o que seria o caso do Cremesp, com sua resolução 142. E por que não é greve, é paralisação? “Porque não há vínculo empregatício”, explica Delgado. Contemos, pois, as horas e os minutos, e oremos por uma solução positiva. Ninguém quer contar mortos, quer?

‘O DIREITO DE PROTELAR’
Dizem que a novela mais longa que este país teve conhecimento foi aquela chamada “O DIreito de Nascer”, na antiga TV Tupi, certo? Ainda em preto e branco, bem antes do meu tempo, porque não me lembro, sei de ler ou de ouvir falar. Porém, há uma outra novela no canal político local cujo enredo principal são as contas de 2007 do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro (2001-2004/2005-2008), que está na Câmara para votação, com parecer do TCE pela rejeição, por não pagamento de precatórios.  Já era para ter ido a plenário desde o ano passado, mas a coisa foi e continua sendo levada ‘de barriga’, como se diz, enquanto o ex e seus aliados correm para lá e para cá em busca dos sete votos necessários. Segunda-feira, 22, tem sessão ordinária na Casa de Leis. E já havia o firme propósito da Mesa de colocar a matéria em votação. Agora, surge a informação extra-oficial de que isso deverá não mais acontecer. A novela, então, teria mais alguns capítulos extras.

ADENDUM
Não é segredo para ninguém que o grupo no poder, à frente o prefeito Geninho, quer ver as contas rejeitadas. O que tornaria Carneiro inelegível por oito anos, além de lhe trazer outras complicações. No entanto sendo só essa primeira a que mais interessa ao alcaide. Que por causa disso está movendo céus e terras. Já falei aqui do ‘medo eleitoral’ que o prefeito tem do ex, não falei? Pois não se trata de exagero. É a pura verdade. Seja lá por quais razões forem – e ele, experiente nos meandros políticos que é deve bem saber quais são – este medo é palpável.

VOZ DA CONSCIÊNCIA
Mas, trago uma triste notícia para os ‘românticos’ de plantão. Esta novela poderá não ter um ‘happy-end’, talvez tenha, para alegria dos mais interessados, um ‘sad-end’ (isso é livre, viu, gente, por analogia [analogy]). E o problema estaria em dois vereadores: Hilário Ruiz (PT) e Guto Zanete (PSB). Sabem ambos que serão bastante cobrados se votarem pela derrubada do parecer. Aliás, ambos relatam que já é grande esta cobrança, principalmente de seus eleitores e parceiros políticos. Malgrada a tibieza da razão do parecer contrário do TCE – o não pagamento dos precatórios de 2007, ainda assim aqueles vereadores, eleitos pela oposição, temem ficar em maus lençóis perante a opinião pública. E ainda têm que ser fortes para não sucumbirem à carga que vem dos dois lados. Um pelo voto favorável, outro pelo voto contrário. Um lado, se precisar, pode até oferecer mundos e fundos – o que ambos, certamente, rechaçarão – enquanto o outro lado só tem a apelar para o discernimento de legislador de ambos, e torcer para que rufem os ‘tambores’ das idiossincrasias.

ELES, SIM
Sendo assim, até o momento o ex-prefeito teria, caso nenhum ‘judas’ se apresente, cinco votos. Dos três vereadores que ao longo dos últimos oito anos estiveram ‘colados’ ao Executivo – Bertoco (PP), Zé das Pedras e Magalhães, e de Toto Ferezin (todos do PMDB), este último eleito para sua primeira gestão na coligação do grupo do ex-prefeito. O quinto voto seria da vereadora Guegué (PRB), que também se elegeu pelo grupo carneirista. Dentre estes nomes, não deverá haver surpresas. A menos que…Nem é bom pensar. Mas, quanto aos dois vereadores que se elegeram ‘descolados’ do grupo carneirista, será talvez a consciência política deles que ditará o momento. Nada mais. E é aí que mora o perigo…

AO FINAL DA FESTA, A REVELAÇÃO!

E VIVA A DEMOCRACIA!

E VIVA A DEMOCRACIA!

Amigos do blog, alalaô-lalaô-lalaô, acabou o carnaval. Agora é pé no chão. Meu último post aqui neste espaço gerou controvérsia. Sabem aquele blog maluco? Mais uma vez fez um escarcéu danado com o texto em que avaliava a primeira noite de carnaval no ‘cercadão’, ou ‘brete’, como preferem outros. Na verdade, não analisava o carnaval em si mas, sim, o comportamento de certas pessoas que não têm noção das coisas. Falei aqui de um assessor-braço-direito do prefeito Geninho (DEM) que subiu ao palco e, de microfone na mão, deitou falação que não parava mais, parecendo, ele sim, uma matraca louca. E disse que tinha cismado que o tal podia ter bebido um pouco além da conta. Inclusive dando-lhe o direito de fazê-lo, porque cada um sabe de si, e carnaval é isso mesmo, é um tempo para as pessoas perderem as estribeiras. Mas, observei que ele, assessor, não podia se expor, porque assim, estaria expondo, também, a figura do prefeito. Foi mais ou menos por aí o comentário (acessem lá, é o post anterior a este). Mas, movido sei lá por qual intenção, aquele leva-e-traz trapalhão que insiste em ser assessor de imprensa informal do Governo, distorceu tudo o que ali estava escrito e tascou texto no seu blog maluco sarrafando nosotros. E bem naquele seu estilo peculiar. Atacou este escriba, ao invés de chamar para o debate. Os pontos que critiquei no assessor ele não contestou, as observaçõs que fiz em torno do evento, igualmente ele não contestou, não argumentou, porque argumentos não há. Ficou apenas no superficial, na tentativa de transformar uma observação num ataque frontal à festa, ao assessor-braço-direito e ao Governo que ele defende com unhas e dentes. E se não postei nada de pronto foi por achar que não valia a pena responder a ele de imediato. Aliás, por entender que não valia a pena responder para ele. E se toco no assunto agora, é para dissipar a estranheza que, com certeza, meu silênico causou a tantos quantos acessam este blog. E para conhecimento do lambe-botas de plantão, não fui só eu que notou que o assessor-braço-direito estava demais, sobrando ali no palco. Até agora ele deve estar crente que abafou. Mas, pode tirar seu equino da intempérie que não foi bem assim. Há quem diga que só faltaram algumas bananas, um abacaxi e alguns balangandãs. É o fim.

APRENDIZES
No post “O medo do fascismo na hora do baile”, do dia 14, fiz esta analogia porque me pareceram assim serem as atitudes do assessor-braço-direito, e por isso me vieram à mente, também, as do prefeito que representava, atitudes gestadas por aquela ideologia inicialmente partidária. E elas me pareceram fascistas por terem tudo a ver com a fina definição do fascismo enquanto ideologia. O pensador e semiólogo italiano, Umberto Eco, esclarece que “há várias maneiras de ser fascista”. E hoje pela manhã acordei com a seguinte palavra na cabeça: protofacismo. Fui pesquisar, e olhem só como a definição cai como uma luva naquilo tudo que vi, raciocinei e comentei neste blog. Usei outras vias, mas no sentido lato quis dizer exatamente isso: “O ‘protofascismo’ é uma versão pós-moderna do fascismo, ganha adeptos porque sabe como despertar potencialidades do indivíduo ou do grupo até então negligenciadas. Para tal, usa recursos diversos: discurso agressivo e falacioso, gestos teatrais, abraços e beijos inautênticos, o gesto de tomar uma criança ao colo para ser fotografado, etc.” E mais: “O discurso protofascista geralmente seduz os incautos e os náufragos de alguma ideologia messisiânica”. Engraçado que foi do nada que acordei hoje com a idéia besta de que o Governo Geninho é protofascista. Cada uma.
ELA, NÃO
Um episódio acontecido na noite de ontem na avenida, durante o desfile das escolas de samba passou despercebido de quase todo mundo, mas como aconteceu exatamente em frente ao local onde estávamos, tive o ‘privilégio’ de presenciar. A primiera escola de samba a desfilar, a Sempre Arrasando, do Jardim São José, trazia à frente do seu carro abre-alas, na verdade um trator puxando uma carreta, uma faixa com os seguintes dizeres: “Apoio, Guegué”. Uma forma que a escola encontrou para agradecer de público a colaboração da vereadora na confecção de alguns adereços da agremiação. Tão logo viu a escrita, o presidente da Comissão Organizadora da festa, Wadão Marques, obrigou a diretora da escola a arrancá-la, se não “seria desclassificada”. Sob protesto, a diretora concordou e, nos vendo por perto, veio narrar o fato que já tínhamos presenciado. É claro que esta decisão do presidente foi meramente política, porque não faria diferença nenhuma a tal faixa, nem traria “lucros” eleitorais para a vereadora frente todo aquele público, porque o pleito municipal ainda vai longe.
EXAGERO
Fato é que o regulamento das escolas não trata desta questão, nem proibindo, nem autorizando, e não estamos em ano eleitoral municipal. Portanto, foi puro excesso de zelo do presidente da comissão carnavalesca, que ia ficar em maus lençóis se por ventura uma outra escola viesse também estampando algum agradecimento ou homenagem a vereador da bancada do prefeito, ou mesmo ao próprio. Então, para evitar ‘saia justa’ no ano que vem, coloquem alí, em algum artigo do regulamento, que as manifestações de caráter político-partidário ficam proibidas e tiram pontos das escolas. Embora, que eu saiba, em nenhum lugar se proíbe este tipo de manifestação, de resto salvaguardada pela nossa Carta Magna – é livre o direito à manifestação de idéias e pensamentos (Art. 5º, IV e LV). E agradecer por um serviço prestado, então, deveria ser permitido. Em suma, de maneira nenhuma e por nenhuma razão podia ter feito o que fez o presidente. Ele cerceou o direito individual da escola. Prefiro acreditar que tenha sido por excesso de zelo de Wadão Marques. Para não ter que classificar a atitude como protofascista.
PERALÁ!
A assessoria de imprensa do prefeito Geninho, está dando ênfase ao público presente nas noites de carnaval no ‘cercadão’ ou ‘brete’, como preferem alguns, naturalmente inflando os números. A barbaridade começou naquele blog maluco, que disse ter estado ali, na noite de sábado, seis mil pessoas. E aumentou em tamanho na tarde de hoje, quando e-mail direto da prefeitura fala em 12 mil pessoas somente na noite de terça-feira, por conta do show do Jeito Moleque. No total, diz a informação oficial, 30 mil pessoas viram o carnaval de Olímpia este ano. Quanto a este último número, nem somando as duas noites de desfiles, mais o público presente nos shows se chega a tanto. Se no sábado tivemos seis mil pessoas no ‘cercadão’, então tivemos algo correspondente a uma cidade de Altair, somada a Embauda, mais Borá, com seus poucos mais de 700 habitantes, o menor município do Brasil. O amigo raciocine e tente imaginar se cabem todas estas pessoas naquele espaço. E o que dirá, então, de 12 mil pessoas ontem à noite? Teríamos alí, toda a população de Guaraci, incluindo crianças e bebezinhos, mais a população de Embaúba, da mesma forma incluindo crianças e bebezinhos. A menos que a organização da festa tenha um mecanismo de apurar público oficialmente, e que não se chame ‘chutômetro’, ou que alguém tenha ficado na ‘porteirinha’ contando cada um que entrava, o mais razoável é jogar estes números para menos, bem menos da metade do anunciado, e ainda assim contando com o público dos desfiles. O resto é protofascismo.

O MEDO DO FASCISMO NA HORA DO BAILE

IMAGEM DO SHOW DA BANDAMEL(DA) ONTE À NOITE

IMAGEM DO SHOW DA BANDAMEL(DA) ONTE À NOITE

Amigos do blog, olá, salve, salve, isquindô, isquindô, é Carnaval! Mas, e a atitude quase fascista do Governo Geninho (DEM) com o povo na primeira noite de baile popular na avenida? Gente, o que foi aquilo? É como dizer “muito bem, eu fiz isto para vocês, vocês estão aqui, agora vão ter que me ouvir”, e toma-lhe propaganda, propaganda e mais propaganda de seus ‘feitos’ até agora na cidade. A ‘TV Prefeitura’ comeu em alta na noite de ontem, com direito a repórter linda e tudo o mais (meu ‘salve’ à colega Ana Lúcia Schiapati). Mas, o pior de tudo, a ‘descida da ladeira’ ainda estava por vir. Terminado o show da Bandamel(da), subiu ao palco ninguém menos que um assessor-braço-direito do prefeito Geninho, aparentemente bêbado, como convém a uma noite de Carnaval (a todo mundo, menos a um assessor de prefeito, claro, ainda mais se vai falar em nome do próprio ao público) e começou o festival de aberrações. Aos gritos, o assessor enaltecia o carnaval de Olímpia, tentando reduzir o evento de Guaraci – o ainda mais forte da microrregião – a pó de rabiola. Menos, assessor, menos. Para pelo menos ficar igual – nem digo melhor, digo igual – ao daquela cidade, há quilômetros e quilômetros a andar. Se começar pela organização, pelo profissionalismo, pelo respeito às pessoas, pelo resguardo do direito à diversão e não à prosopéia política, já estará começando bem. Mas, por hora estamos a milhas e milhas distantes. Depois, ainda berrando, o assessor-braço-direito do prefeito destampou a falar dos shows do aniversário da cidade, dando ênfase à presença do grupo musical Roupa Nova (de tantas andanças, de tantos altos e baixos, hoje no rodapé dos catálogos musicais – lembrando, no entanto, que é um grupo que tem história) e outras atrações sertanejas, duplas até importantes no cenário, como Matogrosso e Mathias, mas que, dizem, vão cantar em playback no Recinto do Folclore (por conta da Band). Áh, o assessor de pileque ainda chamou para o 2º Rodeo Festival, em junho, com a maior empolgação do mundo, anunciando a atração principal: Luan Santana, aquele tipo de ‘estrela’ musical de uma música só, parece. E toma-lhe imagens, vinhetas, narração com locutor dando ênfase à macheza e por aí foi. Ridículo, para dizer o mínimo. E o prefeito, espero, também viu a coisa por aí, porque não teve coragem de subir no palco.

ATO FALHÍSSIMO
Um pouco mais tarde, volta ao palco o assessor-braço-direito, com sua voz de uisque doze anos, para se desculpar. Havia esquecido de falar…. do Festival do Folclore. Sabemos que prefeito en sua trupe estão pouco se lixando para a nossa festa maior, mas por uma questão de respeito às nossas tradições e a história do país em que nasceram, podiam, só para variar, colocar o Fefol antes de qualquer outro evento. Se preferem o cheio do mijo da égua e de ver gente caindo do cavalo é problema deles, mas respeitar o que é história, o que é cultura, o que transmite conhecimento é uma obrigação da autoridade maior de um município. Se não, como pode dizer que ama a cidade que administra, como deu a entender o assessor quando disse que “o prefeito é de Olímpia”. Não diga. Constrangido, o tal assessor-braço-direito voltou ao microfone para falar da festa maior. Como não conhece nada dela, nem do que representa para a cidade frente ao país, só falou bobagem. Típico. É preciso lembrar a esta gente, que o gozo do poder é efêmero, temporário. E que eles, juntamente com seus momentos de gozo, passam. E nós ficamos. A cidade fica. O povo fica. E, advirto, o Fefol também terá que ficar!

ELE, O BETO
Áh, sobrou tempo para que, um pouco mais tarde, o secretário de Esporte, Turismo e Lazer, Beto Puttini, também subisse ao palco para dar a sua ‘palhinha’. Começou enaltecendo o prefeito, e cobrando o reconhecimento do povo ali presente pela ‘dádiva’ a eles concedida pelo chefe de turno. Uma grandeza! Mas, não ficou muito à vontade e uns minutinhos depois entregou o microfone, dizendo: “E agora meia hora de marchinhas para vocês”. E o povo, contrariamente ao que eles pensam, gostou, e brincou bastante. Até que um tal ‘Fulano-de-tal’ se preparasse para dar continuidade à festa, porque o show da Bandamel(da) havia terminado, por volta da 0h30. De onde tiraram aquilo, ninguém explicou. Quanto amadorismo! Quanta afobação! O prefeito Azeda por dormir tranquilo.

ADENDUM
Ontem, no post onde falo sobre o Clube de Campo Álvaro Britto-CCAB e a possibilidade de sua reabilitação por um grupo de olimpienses sem espaço para o lazer da noite ou finais de semana, e que em sua maioria não residem mais na cidade, foram buscar lá fora a sua realização profissional, classifiquei este grupo como ‘elite intelectual’ de Olímpia. Porém, para melhor classificá-lo e fazer justiça, vou usar outro termo: ‘elite acadêmica’. Tem mais a ver com eles, que ralam pra caramba. É isso.

JALECOS EM CRISE: AGORA, UMA CONTRAPROPOSTA

HOMEGEM DO BLOG À JUSTIÇA BRASILEIRA (blog do Alexandre Gama)

HOMEGEM DO BLOG À JUSTIÇA BRASILEIRA (blog do Alexandre Gama)

Amigos do blog, salve, salve, isquindô, isquindô! Postei ontem aqui que estaria em curso uma contraproposta dos médicos ao Ministério Público, cuja exigência da categoria prestes a ir à greve, era a de que o documento, se aceito, tivesse o aval do prefeito Geninho (DEM). Ninguém quis confirmar nada a este blog, talvez temendo serem tachados de ‘furões’. Mas, hoje vem publicado no jornal “Folha da Região”, a confirmação das evidências. Os 33 profissionais que não querem mais fazer o plantão à distância, ou de disponibilidades sem antes um acordo financeiro, levaram sim, na quinta-feira no final da tarde, ao promotor Gilberto Ramos Júnior, os valores escalonados segundo os quais eles então deixariam para lá a tal greve que, é bom lembrar, o artigo 35 do Código de Ética Médica proíbe. A proposta da categoria é de início receber um valor 66% abaixo do inicialmente estipulado, ou seja, R$ 300 a cada 24 horas de plantão, ou R$ 150 por 12 horas, a partir do dia 19 até dia 31 de maio. A partir do dia 1º de junho e até 31 de agosto, esta redução cairia para 20%, ou seja, eles passariam a receber R$ 400 por 24 horas e, consequentemente, R$ 200 a cada 12 horas. E a partir do dia 1º de setembro, chegaria-se ao um terço do que ganha um plantonista presencial, como manda a resolução 142 do Cremesp. Tudo muito bem, tudo muito bom, mas noves fora, nada. Porque a Santa Casa agradece a “bondade”, mas adianta que nem assim é possível arcar com a despesa, orçada em torno de R$ 53 mil. E, porque, também, os médicos exigem os avais do Ministério Público e do prefeito Geninho. O MP até que faria isso de bom grado, porque sabe do caos que a cidade viverá, e o promotor, com certeza, não gostaria de contar os mortos. Mas, e o prefeito, que já deu mostras de que não está disposto a ‘meter a mão no bolso’, digo, nos cofres públicos? Lembram-se de que ele se eximiu de responsabilidade na reunião de segunda-feira passada? “O problema não é meu, é da Santa Casa”, disse ele, entre outras afirmações. Portanto, agora mais do que nunca a solução está nas mãos do prefeito “amigo da Santa Casa”.

ENQUANTO ISSO
A Secretaria Municipal de Saúde tem nova titular. Calma, não se trata da primeira ‘baixa’ no secretariado zulianista. Apenas que a titular da Pasta, Silvia Forti Storti, segundo informaram, por causa do estresse das viroses, primeiro, e agora por esta ameaça de greve dos médicos, foi fazer um ‘retiro’ na Europa, mais exatamente na Itália, onde ficará até o dia 24 de fevereiro, portanto, até cinco dias após a solução do problema, ou da deflagração da greve médica. Para o seu lugar foi designada a assistente social Flávia Noronha Ventura Pedroso. O decreto 4.665, publicado na IOM deste sábado, diz que são férias que a secretária está gozando. Nada mais providencial, não acham?

UFA!
Enquanto a Imprensa Oficial não saiu, e enquanto nada se definia, houve quem ficasse aflito com a possibilidade de vir a ter que ocupar a Pasta, sem aviso prévio, sem nada, como é praxe neste Governo. Uma alta patente política havia sido sondada por funcionários se ela iria responder pela Pasta. Como ninguém (leia-se prefeito) lhe havia antecipado nada, ficou esta alta patente apreensiva até esta manhã. Quando soube que não, não era ele. Aliás, alta patente esta que, dizem, há tempos não põe mais os pés na prefeitura. Coisas do Governo Geninho.

MAIS COISAS
Outra coisa típica do Governo Geninho é criar leis que se encaixem nos seus interesses, ou seja, cria-se uma tal lei porque é preciso resolver um problema de acomodação de parceiro. Foi assim com secretarias e cargos de assessoria e continua sendo assim agora. Por exemplo, a IOM deste sábado traz publicado em sua página 11, a Resolução nº 3, de 10 de fevereiro, criando o cargo em comissão de Gerente de Suprimentos. Até aí, nada de mais (malgrado o ‘cabide de emprego’ que virou aquela empresa, a Prodem), não fosse um detalhe: o cargo criado já vem devidamente preenchido, pela Portaria nº 3, também de 10 de fevereiro. Ou seja, no mesmo dia em que o cargo é criado, no mesmo dia já tem seu titular: Moacyr Andrade Júnior. Que, aliás, vem de ser exonerado, por portaria (4.663) do mesmo 10 de fevereiro, publicada na mesma IOM de hoje, do cargo de Diretor de Trânsito e Transporte da Prodem, para ceder a vaga para o secretário de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Amaury Hernandes, que agora é também diretor de Trânsito. Ou seja, passa a ser um super-secretário. Os efeitos da resolução, claro, são retroativos a 1º de fevereiro, data, também retroagida, da nomeação. Com salário-base de R$ 2.354, Moacyr Andrade volta a fazer o que fizera em anos anteriores. Portanto, quando disserem ao amigo que neste Governo as coisas são assim, no vapt-vupt, acredite, por favor!

MAIS COISAS AINDA
Uma das coisas na qual o Governo Geninho ainda não consegiu ser vapt-vupt, é na distribuição dos carnês do IPTU. Este ano, de novo, está atrasada a entrega, que começou a ser feita neste final de semana. Com um detalhe: já cobrando a primeira e a segunda parcelas, para um mesmo dia: 23 de fevereiro. Ou seja, o Governo é inoperante neste quesito e o contribuinte que paga o pato? Alguma coisa está errada, e muito errada, aí. É a cobrança vapt-vupt!

TRIBO
A idéia da realização de um encontro entre a “velha guarda” do Clube de Campo Álvaro Brito, o CCAB, em setembro passado, pode render muito mais do que alguns acreditam. Segundo algumas especulações, pode redundar na reativação daquele espaço de lazer, por ação destes aficionados pelo que aquele clube representou para a sociedade olimpiense. Este pessoal, que pode se classificar de ‘elite intelectual’ da cidade, a maioria, infelizmente para nossa urbe, fazendo sucesso e se realizando lá fora, já tem um segundo encontro programado, para hoje, amanhã e segunda-feira, com uma festa carnavalesca nas noites de hoje e de segunda-feira, com churrasco amanhã. Os bailes serão regados a “flashback” dos bons tempos dos carnavais que ali se realizavam, antes do advento do (argh!) axé. “Chega de Saudade”, vamos matá-la, é a palavra de ordem. A folia do reencontro tem seu público focado naquele pessoal nascido nas décadas de 40, 50 e 60. Exatamemte o nicho de consumidores que não encontram na cidade, quando para cá veem, um local adequado para suas noites de reencontros e descontração. Por isso, disse-me hoje uma fonte, pode ser que o CCAB seja reavivado, por ação deste grupo, que poria dinheiro do bolso, saldaria a dívida pendente e a partir daí, teriam um ambiente mais apropriado para acomodá-los. Oxalá esta vontade se concretize!

UM DIA A CASA CAI!

LADRÃO NÃO TEM MESMO CARA! OU ELE TEM?

LADRÃO NÃO TEM MESMO CARA! OU ELE TEM?

Amigos do blog, lá vamos nós, isquindô, isquindô, carnaval na veia. Mas, espera lá, que história é essa? Calma que a alegoria é de barro! A questão é: quem vai atender os doentes graves na Santa Casa durante a folia de Momo? Os médicos vão entrar em greve dia 19, sexta-feira que vem, mas na verdade, já não estão atendendo pelo plantão à distância faz alguns dias. Faz alguns dias que a categoria está na fase ‘tartaruga’ da greve, aquela fase em que tudo é feito com muito vagar e às vezes nem é feito, para pressionar o ‘patrão’, assustar, avisando que o pior está por vir. É sim, para ficarmos todos preocupados. Porque trata-se da quase totalidade de especialistas que atendem na cidade que não estará nem aí para o que vier a se suceder nos dias que correrão. A propósito, o Código de Ética Médica, em seu artigo 35, proibe que médicos e pessoal do setor do serviço em saúde façam greve, por ser considerado serviço essencial. E, pelo pouco que entendemos de Direito, uma resolução de um órgão regulador não pode ter poder superior a uma norma de conduta de um órgão que de resto é superior àquele que editou a resolução. Estaria havendo aí uma forçassão de barra por parte destes profissionais, que na verdade tentam confundir a opinião pública e agilizaar uma solução para o impasse. Há informações de que ainda esta semana o MP foi procurado por alguns deles, levando em mãos uma contraproposta, que seria em bases crescentes, a partir de uma certa base financeira, mas para que dê acordo, estariam exigindo o aval do Executivo ou da Secretaria Municipal de Saúde. Procuramos algumas fontes para confirmar, mas ninguém disse nada. Uns responderam que não estão sabendo, outros que não há nada disso, e outros ainda que não aceitam mais nenhuma negociação, e vão para a greve mesmo. O que resta é esperar para ver o que vai acontecer. Na parte que toca à Santa Casa, a diretoria foi até onde poderia ter ido: ofereceu R$ 37 mil por mês para este plantão, enquanto os médIcos “batem o pé” pelos R$ 95 mil. O Executivo já disse que não tem nada com isso. A secretária de Saúde está na Itália e, portanto, longe das tratativas. E o barco segue. No meio, o Ministério Público, a quem caberá a palavra final. Uma greve geral de médicos instalará o caos na cidade. Digno de cobertura nacional da mídia. Não será bom para ninguém. Nem aos próprios profissionais, nem ao Executivo Municipal (que desteta noticia negativa sobre seu governo), mas que mesmo “lavando as mãos”, como fez o prefeito Geninho, no final das contas vai ter que segurar este rojão. Que, aliás, para quem gosta tanto deste artefato, não deveria ser um problema tão grande. Por enquanto, a dica do blog é para que o cidadão pagador de impostos trate de não ferir, ser ferido, ficar doente ou ter alguém doente por perto. Espere mais um pouco. Pode ser que haja solução para o problema antes do dia 19. Depois não vão dizer que não avisei.

CULPA DE QUEM?
Na reunião de segunda-feira na sede da OAB, o detalhe mais lembrado foi o da falta de um quadro profissional médico à altura da demanda do municípío. O prefeito chegou a dizer que a Saúde local só perdeu nos últimos 15 anos. O blog contabiliza um tempo muito maior, prefeito. Tempo em que se estabelecer por aqui com qualquer especialidade que já tivesse instalada na cidade era impossível. Havia um “clã” médico que impedia qualquer iniciativa neste sentido. Como disse o prefeito, “no passado fechamos as portas para muitos médicos em Olímpia, e hoje pagamos o preço. Hoje a porta está ‘escancarada’, mas no passado não deixaram (vir os médicos que queriam)”. E sabem do que estes médicos grevistas agora se queixam? Da saturação, do excesso de demanda, do estresse por não terem tempo sequer para estarem com a família, etc. Ou seja, da falta de mais gente especializada para aliviar a situação. “O problema não é dinheiro, o problema é que todos estão trabalhando demais”, corroborou um dos palestrantes. Houve quem dissesse simplesmente que não dá conta mais de fazer plantão, e que seu calendário (de plantões) “está cheio de buracos”. “Há 18 anos que todo final de ano estou na Santa Casa”, queixou-se o profissional. E a conclusão geral foi: “Precisamos trazer mais médicos para a cidade”. E desta vez ninguém chiou. Vivendo e aprendendo!

POR QUE SE INCOMODAM?
É até chato já, pegar o jornal Tribuna Regional, toda semana, e ler a coluna ‘Metendo o Bedelho’. Os caras só falam do Planeta. Se incomodam de uma forma doentia com o jornal concorrente. Estes assessores do prefeito Geninho (DEM) que encontram tempo para destilar veneno e tentarem ser engraçadinhos naquela coluna, precisam ser mais criativos. Porque até para criticar precisa ter criatividade. São muito chulos. E muito chatos. Perdem um tempo danado explicando (a título de replicar) o que cada nota de coluna do jornal que eles tanto contestam, diz. São leitores assíduos do jornal como um todo, o que não nos permite, infelizmente, dizer que muito nos honra. E mais, a propósito do bloco carnavalesco, pior será o deles: Os Akantoados, ou ainda, Os Poeiras do Poder, ou Os Embrisados, com lugar garantido na Casa da Mãe Joana do Poder. E, neste caso, mesmo que não gostem deles, com certeza vão ficar por lá!

ESTARÃO ELES NOS 25?
O Inquérito Civil 24/09, instaurado pelo promotor Gilberto Ramos de Oliveira Júnior no dia 27 de julho do ano passado para apurar as denúncias contra a realização do 1º Olímpia Rodeo Festival, deverá ter cópia remetida para o Ministério Público Federal, que dias atrás iniciou investigação sobre repasses de verbas federais para festas e eventos, principalmente festas de peão, diz a imprensa escrita da cidade. Até o momento, as investigações sobre o “Clube dos 25” está em curso, na fase de colhimento de provas e documentos. O Olímpia Rodeo Festival, evento realizado entre os dias 24 e 28 de junho do ano passado, está sob investigação por causa de representação protocolada pelos vereadores Hilário Oliveira (PT), Priscila Foresti, a Guegué (PRB), João Magalhães (PMDB), e Gustavo Zanette (PSB), e pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro-PMDB, por meio de seu diretório local. O promotor tenta apurar se houve, de fato, irregularidades, como o favorecimento a amigos, assessores e parentes do prefeito Geninho (DEM). Como se sabe, o prefeito contratou, para realizar a festa, o chamado “Clube dos 25”, que alega ter vencido uma licitação para organizar e executar a festa do peão por R$ 6,5 mil. O MPF pode entrar no caso, porque Olímpia recebeu do Ministério do Turismo, R$ 500 mil para o evento, que apesar de ter sido todo estruturado e feito com dinheiro público, teve cobrança de ingressos na porta.

NO MAIS, VIVA A JUSTIÇA! VIVA O BRASIL! CORRUPTOS NA CADEIA! SEMPRE! ESTE PAÍS TEM JEITO? ESTAMOS COMEÇANDO AGORA? ANTES TARDE DO QUE NUNCA! VIVA! VIVA! VIVA! MESMO QUE ARRUDA JÁ ESTEJA FORA DA CADEIA NAS PRÓXIMAS HORAS, JÁ TERÁ VALIDO! ELE E SUA CORJA TALVEZ ENTENDAM QUE AGORA JÁ NÃO É TÃO FÁCIL ASSIM! E QUE SIRVA DE LIÇÃO PARA OUTROS POLÍTICOS, SEJAM GRANDES, MÉDIOS OU PEQUENOS: UM DIA A CASA CAI!

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