Amigos do blog, parece que agora vai. No momento em que me preparava para cobrar do Executivo uma decisão sobre o Carnaval/2010, chegou a informação de que a coisa começava a caminhar. Uma reunião havia sido marcada para esta noite (terça-feira, 12), entre os dirigentes das escolas de samba e a comissão organizadora dos festejos de Momo. Vadão Marques é quem iria intermediar a conversa. Já não era sem tempo, porque o povo do samba estava muito preocupado. Sem saber se começavam os ensaios ou não, se botavam o bloco na rua ou não. Por isso todas as agremições carnavalescas estão com os ensaios e seus organogramas atrasados. Vão ter que correr, e muito, para colocar a casa em ordem. Resolver fantasias, enredo tudo o que precisa para fazer bonito na avenida. Este ano, também, parece haver um consenso dos organizadores, de que o carnaval será uma coisa mais, digamos, “mínima”, sem aquele espalhafato do ano passado, que acabou redundando em problemas para o alcaide. Agora parece haver a intenção, pelo menos, de fazer uma festa mais “limpa”, sem os ‘axés’ da vida, e sem bailes públicos populares e gratuitos na avenida, como no ano passado. A determinação do secretário de Cultura, Turismo e Lazer, Beto Puttini, é não competir com as cidades da região que tem nos bailes à lá axé suas tradições de vários anos. “Quem quiser este tipo de carnaval, pode ir para estas cidades”, diz Puttini. Para Olímpia, pode ser que venha alguma escola de samba de cidades onde elas são grandes e melhor organizadas, para uma “canja” aos olimpienses. E talvez, muito talvez, aconteçam bailes populares no Recinto do Folclore, “para a família”, como pretende o secretário. Até o momento em que batuco estas linhas, ainda não há valor definido a ser distribuido entre as quatro escolas – ano passado foram R$ 7,5 mil para cada uma. De resto, é aguardar o resultado de logo mais à noite para sabermos como vai se resolver a coisa. Amanhã falamos mais a respeito. Por enquanto, recomendamos que o amigo vá tirando o pó da fantasia, resgatando aquele confete e as serpentinas que sobraram do ano passado e se preparando para o baticundum. Ô-lá-lá-ô-ôôô-ôôô!
PAROLE! PAROLE!
Parece que tem gente por aí já bem ensaiada na arte da palração. Segue à risca os ensinamentos do mestre: fale, fale, à exaustão, mas nunca diga nada.
PROCURANDO TOTO
Pois é, a cidade estava à procura do vereador Toto Ferezin (PMDB) hoje o dia todo. Não se conseguia falar com ele nem por celular. Uma fonte dizia estar ele pescando tilápias no recanto Bertoco, outra fonte dizia estar ele, àquela mesma hora, em reunião no gabinete do prefeito. Assim, não se pode, ainda, confirmar se ele será ou não o secretário de Governo do prefeito Geninho (DEM). Só falta a palavra do vereador para se confirmar ou derrubar todas as expectativas, mas o seu eventual substituto, Marcão Coca (PPS), já é até ‘festejado’ por aí como o mais novo vereador situacionista, a partir de 1º de fevereiro, quando a Casa de Leis retoma os trabalhos. Uma jogada de mestre do alcaide, caso se confirme esta mudança. Que vai lhe garantir, em princípio, a rejeição das contas do ex-prefeito Carneiro. Depois, vem a eleição da Mesa, que dependerá, na verdade, de uma outra articulação. Há quem diga que Geninho não conseguirá mudar o panorama pintado para o final deste ano, quando uma nova Mesa será eleita. Estes apostam suas fichas na ‘fidelidade’ de integrantes do grupo da Coalizão, garantindo o empate.
PODE SER?
No entanto, há que aposte numa ‘puxada’ de tapete à última hora, caso a presidência da Casa seja garantida a determinado vereador. Porém, neste caso, haveria um percalço. Outro vereador já antecipou que, neste caso, votaria então com a bancada da coalizão. Há ressentimentos antigos e muito profundos entre eles. Para dar uma dica, devo dizer que um vereador adora jogar balinhas em finais de ano, outro costuma se auto-proclamar ‘caboclão’. Por isso que a coisa ficará complicada em termos de Mesa. Mas, há os que nas rodas apostam que a rejeição das contas de Carneiro é uma articulação, uma ‘costura’, e que a Mesa será outra, totalmente diferente. Acreditam eles que o prefeito, com sua habilidade política, gosta de ‘amarrar’ uma coisa de cada vez. Aguardemos.
IPTU
Só à menção desta sigla, tenho certeza, o amigo treme, certo? Pois não o faça ainda, aguarde para os próximos dias, quando os carnês começarão a chegar em suas casas. Lá para o final de janeiro. Mas, talvez ainda dê tempo de começar a pagar dentro deste mês, caso os trâmites técnicos sejam concluídos a tempo. Ainda que este pagamento seja feito por 2ª via ou pela internet. Os carnês chegarão depois, mas o Setor de Tributos adianta que não quer ver se repetir este ano, o atraso observado no ano passado, quando a primeira parcela venceu em março. E quanto aos valores? Deve vir aí o IPCA da FGV, algo em torno de 4,5%. A Taxa de Lixo? Bem, esta “não deve” ter aumento, ao contrário, “pode até” ter uma redução em seus valores. Mas, é esperar para ver.
PARA REFLETIR
A inveja (junto com a avareza) é – tanto para Santo Tomás de Aquino como para a sabedoria do pára-choque do irmão da estrada – um dos vícios capitais mais detestáveis. A inveja, invidia, invidentia, é não-ver, não querer ver o bem do outro. Como a inveja se sente da glória de outrem enquanto ela diminui a glória desejada, apenas sentimos inveja daqueles a quem pretendemos igualar-nos ou a quem, em glória, nos preferimos; o que não se verifica quanto aos que estão de nós muito distantes. Com efeito, ninguém a não ser um louco, se empenha em se igualar ou superar em glória os que são muito maiores: não só o rei não inveja o plebeu; também o plebeu não inveja o rei. E, assim, um homem não inveja os que estão muito longe por lugar, tempo ou prestígio; mas os que estão perto – esses são os que incomodam – e aos quais ele quer se igualar ou superar. (II-II, 36, 1, ad 2)
“Quia invidia est de gloria alterius inquantum diminuit gloriam quam quis appetit, consequens est ut ad illos tantum invidia habeatur quibus homo vult se aequare vel praeferre in gloria. Hoc autem non est respectu multum a se distantium, nullus enim, nisi insanus, studet se aequare vel praeferre in gloria his qui sunt multo eo maiores, puta plebeius homo regi; vel etiam rex plebeio, quem multum excedit. Et ideo his qui multum distant vel loco vel tempore vel statu homo non invidet, sed his qui sunt propinqui, quibus se nititur aequare vel praeferre.”
* Não há nada mais vil do que a inveja. (Catena Aurea in Io. cp 4 lc 9)
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