Amigos do blog, o texto publicado neste espaço no sábado passado gerou controvérsias. Leitores que me acompanham e leem o que aqui é postado se deram a debater sobre a questão (leiam comentários no post “O Thermas não é o Olimpo*, nem Benito seu deus*”).
Nele, analiso alguns fatos da semana tendo como foco as pretensões de um grupo oposicionista em disputar as eleições para os conselhos de administração e fiscal do clube – o negrito é nosso, porque, sob o manto da ‘necessidade’ do continuismo, a meu ver, os bem-servidos pela atual administração tem usado a imagem do presidente Benito Benatti para embasar seus argumentos.
E os conselhos de administração e fiscal do clube, podem conviver muito bem com o atual presidente dando as diretrizes de investimentos em equipamentos, projetos, ações em favor das melhorias internas e físicas do Thermas dos Laranjais, como sempre o fez Benito Benatti.
A confusão está em estas pessoas ‘imaginarem (?)” que o que se quer é derrubar o presidente e outro assumir em seu lugar etc e tal. E não é isso que fica implícito e explícito (o que alguns insistem em ignorar) nas propostas do grupo de oposição, pelo que entendi.
E é bom lembrar ao seu Leonardo Concon que aqui não advogo causa alguma, nem tenho procuração de ninguém para falar em seus nomes ou em nome de seus grupos. Se ‘chiei’ como ele diz, acho que o fiz embasado na minha crença de que a democracia e a transparência inda são as melhores formas de se praticar políticas públicas.
Públicas, sim, porque embora ele não concorde e diga que o clube foi erguido graças a investimentos feitos pelo próprio presidente, a estória do surgimento do empreendimento desmente isso. Benito foi o ideólogo? Sim, foi. Mas ele precisou do apoio incondicional de dezenas de cidadãos olimpienses, que num primeiro momento acreditaram no seu sonho.
O clube partiu da doação de uma área enorme – repito, doação! – pelo olimpiense Renatinho Costa Neves, bem valioso de sua família, herança dos filhos etc., para que o sonho de Benito Benatti ganhasse ‘chão’. Depois, uma gama maior ainda de olimpienses tiraram dinheiro dos seus bolsos para comprar os primeiros títulos patrimoniais e outros tantos, acreditaram naquilo que lhes era oferecido, e foram engrossar o quadro de associados do clube e reforçar o seu caixa.
E, claro, partindo desta base, aos poucos o presidente vitalício foi erigindo esta hoje primeira maravilha da mesorregião, quiçá do Estado inteiro, alcançando já a qualificação de um dos três maiores empreendimentos de lazer termal da América Latina, se não me trai a memória.
Portanto, amigos, tudo partiu de um grupo que acreditou numa idéia. E se investimentos iniciais em caráter pessoal houve, devemos creditá-los à família Costa Neves e ao grupo inicial, depois aos primeiros 3,5 mil sócios, hoje patrimoniais e preocupados com o desenrolar dos acontecimentos e bom gerenciamento dos recursos deles que estão empregados ali.
Uma, até, obrigação que lhes assiste, e que é inalienável. E muito antes que ser apenas e tão somente possibilidade conferida pela estado de liberdade democrática que grassa neste país, é um exercício do direito pleno.
Até porque, parte do pressuposto de que aquele que lá está, que teve a idéia inicial, trabalhou para que o Thermas seja hoje o que é, será preservado, respeitado, e mantido na sua função. Como é de direito e de merecimento. Mas, nunca é demais lembrar: não tratem Benito como deus de um Olimpo que não existe. Nem como um ‘santo de barro’ de um ‘andor’ que o clube não é, já que se movimenta com as próprias ‘pernas’ (e caixa).
Lembremos mais: Existe Olímpia. E é por ela que temos que zelar. Ainda que, para isso, tenha que se sacudir e/ou readequar velhas estruturas.
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