Amigos do blog, pois é, como era de se esperar, mas com a torcida de que assim não fosse, ganhou corpo esta semana, a partir da sessão ordinária da Câmara de ontem à noite, a ‘teoria da conspiração’ do grupo político no poder.
E quem veio para botar fogo no palheiro da discórdia foi o vereador Salata (PP), agora líder oficial do prefeito Geninho na Câmara Municipal, e não mais apenas um ‘ponta-de-lança’. E ele parece que chegou com tudo.
(PS: Não vamos entrar no mérito do desprestígio conferido ao democrata destituído da função, Primo Gerolim).
Na Câmara, ontem à noite, já deitou falação por causa da não-inclusão na pauta de votação, do projeto de Lei de sua autoria, que declara o Thermas dos Laranjais como entidade de utilidade pública. Ele queria votação em regime de urgência.
Como não foi atendido, já que por prerrogativas legais o presidente da Casa tem 45 dias para atender ou não o pedido, começou a dizer um monte de coisas, inclusive acusando Hilário Oliveira (PT) de cercear sua palavra, não permitindo que fizesse uma ‘reclamação’.
Assim, faltou com a inteira verdade. Não havia, naquele momento, oportunidade para tanto, já que o assunto a ser tratado era o projeto que não estava na pauta e, portanto, não estava em discussão. Não satisfeito, foi à Tribuna para criticar o presidente e dizer-se censurado na Casa.
Depois, acusou o presidente e a bancada da coalização de não quererem ajudar a resolver o problema do clube (que está com seus dois poços de águas quentes lacrados já faz 16 dias).
Mas, o “ajudar” para Salata seria a aprovação do projeto em questão, que até agora ninguém explicou qual benefício trará ao clube, aos associados, aos hoteleiros, aos funcionários, enfim, à cidade como um todo.
Ao invés disso, preferiu atacar. Seu suplente na liderança, Primo Gerolim, foi na mesma esteira. Criticou todos que ali não estariam “ao lado do povo” nesta empreitada, e que a lacração dos poços teria sido resultado de ações “obscuras”. Ah, ele disse também que as lacrações foram por causa de “denúncia anônima”.
A propósito, o Curupira tem algumas arestas a aparar com algumas gentes de Olímpia. Com este vereador idem, já que teria sido ele o precursor do ‘lobby’ pelo banimento do protetor das matas dos festivais do Folclore. Quem sabe num assomo de vingança…
(PS: Não vamos entrar no mérito da situação de irregularidade, ou ‘desaviso’ que havia dentro do clube, situação que perdurava há quatro anos).
Depois disso tudo, Salata ainda foi à rádio do Martinelli – que hoje, estranhamente, morre de amores pelo vereador que execrou em passado não muito distante – e jogou no ar outra série de não-inteiras verdades. Numa flagrante intenção de indispor a Mesa, melhor dizendo, pelo menos dois vereadores à Mesa – Oliveira e Guegué – perante a opinião pública.
Para tanto usando o problema do clube, e até mesmo os problemas havidos em uma instituição que congrega estudantes universitários, da qual Oliveira foi presidente….em 2005!
O vereador Salata é político experiente. Uma espécie de Paulo Maluf da província. Aliás, tem irmão advogado na equipe jurídica do velho político. Portanto, tem boa escola. Seu mais novo ‘espelho’ político, Geninho Zuliani, o prefeito, também é experiente.
‘Formado’ na escola Kassab-Garcia (estes também ‘pupilos’ de Maluf), é conhecedor de todas as muitas artimanhas de bastidores. São tão iguais que no passado recente eram inimigos políticos figadais. A ponto de terem um ao outro como políticos não confiáveis – lembram-se do “genião”? Mas, isso é passado. E política não é como nuvem? Então…
Hoje, caminhando de mãos dadas, um articula, o outro desempenha. Juntos, até que um “não” os separe. Mas, para concluir, diria que para prosperar, esta ‘teoria da conspiração’ teria que pelo menos fincar-se em bases sólidas. As bases da verdade, da transparência e do respeito à opinião pública.
(PS: recebo a informação de que a diretoria do grêmio da Açúcar Guarani vem de proibir o grupo de oposição formado na cidade para disputar as eleições no Thermas em abril do ano que vem, de se reunir em suas dependências, como vinha acontecendo. De onde partiu a voz de mando? Da diretoria da empresa, ou o poder de influência foi exercido diretamente sobre a diretoria do grêmio? Seja um, seja outro, a quem se acusa de político ditatorial nesta cidade? Cadê o novo? A democracia, onde está? Salve os coronéis assinalados! Viva nosso grotão!)
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