Amigos do blog, ainda não dá para dizer que o prefeito Geninho Zuliani (DEM) está descendo aos infernos por conta de sua tresloucada majoração da taxa de coleta de lixo. Fator que vem a ser reforçado com a balburdia que virou o momento do pagamento das parcelas do IPTU.
Primeiro filas enormes em um banco não preparado para grandes ocasiões, depois a fila nos balcões da própria prefeitura. Isso irritou por demais um contribuinte já por demais irritado. E o prefeito quase teve uma prova cabal disso na tarde de hoje, conforme relato de testemunhas.
Ele praticamente teve que subir as escadas da prefeitura correndo – pelo menos em passadas mais apressadas que as habituais – porque tantos quantos ali estavam, queriam “um dedo” de prosa com ele. E, claro que, diante das circunstâncias, a maioria não procurou chamar sua atenção de forma delicada.
Claro como água, queriam, ali, dar vazão à contrariedade com este estado de coisas. Pouca atenção lhes deu o alcaide, até mesmo por questões de integridade física, talvez, e ali ficou o público, refém de suas próprias escolhas. Refém de suas próprias obrigações de cidadãos cumpridores de seus deveres.
É preciso relatar todos os dias a dor doída desta gente, porque carece de apoio e atenção daqueles que lhe podem emprestar toda a solidariedade. Tristes estão estes cidadãos, que mal veem seu mandatário e, quando isso acontece, pouco se lhe dá ouvir seus clamores.
Remetendo ao título deste post, ainda não dá para dizer que Geninho está no seu inferno astral administrativo. Como também ainda não dá para garantir que nele não mergulhará doravante, o chefe do Executivo. Por isso reafirmamos estar Zuliani no seu “quase” inferno astral.
Do qual ele tentará emergir por vias previsíveis, como a de anunciar verbas, obras de porte pequeno, médio e grande, festas agigantadas, como se viu dias atrás, e mais se verá dias à frente, o ópio do povo, o pão, o circo. Não se sabe, ainda, se isso tudo virá secundado por projetos de verdadeiras transformações em todos os âmbitos da cidade.
O que tem a ser feito é mais embaixo, é profundo, é estrutural, não superficial, raso e imediatista. Há que se ver que tais homens passam, as coisas ficam. E por tudo o que já fez o cidadão passar, em tão pouco tempo de Governo, um “quase” inferno astral está de bom tamanho para o prefeito.
Oxalá a caminhada seja interrompida antes que se apresente o cão cerbero, aquele que vigia todas as almas condenadas, a fim de que elas não fujam do inferno.