Amigos, chegamos, finalmente, em 2009. E chegamos, ato contínuo, ao tão propalado, sonhado e buscado há decênios “novos tempos” para a cidade? Se confiarmos inteiramente nas promessas do prefeito Eugênio Geninho José Zuliani (DEM), sim. Se tivermos a Câmara Municipal e sua atual formação como parâmetro, a resposta também é afirmativa.
Porém, o que não podemos esquecer é que esta plêiade político-partidária que ora assume o poder em Olímpia, é formada por homens (enquanto gênero, já que felizmente – novos tempos? – temos agora uma mulher no Legislativo). E homens são sempre passíveis de erros, atiudes e decisões dúbias, más intenções, quando agindo por si só, além da inerente idiossincrasia, quando talvez agindo também em grupo.
O que não se espera, de forma alguma, é que daqui algum tempo, sejamos forçados a reconhecer, por exemplo, uma Câmara melhor que o Governo, por quais razões que sejam. Espera-se uma Câmara sim, melhor que todas as demais vistas até agora. Mas, por uma questão de equilíbrio de forças, que ela nunca esteja acima do Poder Executivo porque, se assim o for, é que então a cidade estará mergulhada no desgoverno.
Roga-se um Governo forte, consistente, decisivo e “decididor” quando o momento o exigir. Espera-se o fim dos discursos ufanistas, das estrepolias de campanha e das promessas vãs. A disputa eleitoral acabou há meses e um governo não se sustenta alicerçado no discurso.
Talvez seja desnecessário tais aconselhamentos, por se tratar o prefeito olimpiense, de um ente político na essência, seja isso bom para uma cidade ou não. Assim, é sabedor de que um alicerce administrativo carece de uma fundação bem mais profunda e sólida, que a de um alicerce político-eleitoral. Este se sustenta na superficialidade, já que é temporário, transitório e efêmero.
Basta agora o prefeito Geninho saber o que quer de fato: cravar seu nome na história político-administrativa olimpiense, ou apenas ser mais um a ocupar a cadeira de mandatário. Fazer da prefeitura municipal um “trampolim” para as suas aspirações maiores, que todos sabemos ele as tem, ou manter-se preso às promessas feitas à quisa de projetos de Governo, e aos compromissos assumidos como questão de honra, e assim dar um direcionamento desenvolvimentista a essa urbe, tão carente de tudo, basicamente de seres pensantes, que a reivente.
E à Câmara Municipal cabe o papel de dar sustentação político-administrativa a tudo isso. Cabe ao Legislativo ser o divisor de águas e o farol a manter às claras todas as ações e intenções do Governo que se inicia. Não deve ser esta Câmara – e com certeza não o será -, uma Câmara mesquinha, vingativa, rancorosa e revanchista, até porque não há motivos aparentes para tanto.
Todos ali estão imbuidos das melhores idéias e intenções possíveis, e dispostos a colaborar sempre que forem chamados à responsabilidade. Mas, também não deve esperar o prefeito que suas vontades e caprichos encontrarão no Legislativo apenas um chancelador, um “carimbador maluco” como temos visto até então.
E isso não será fazer oposição mas, sim, tomar uma posição: a da defesa dos interesses maiores, que são exatamente aqueles para os quais todos foram eleitos – o do povo.
E não vão valer – e para isso o amigo fique atento – aqueles discursos inflamados que políticos genéticos tão bem sabem elaborar e jogar ao público, de que isso e aquilo não pôde ser feito “por intransigência do Legislativo” ou coisa que o valha.
Até porque, sendo o farol a trazer à luz todos os fatos, atos e intenções executivos, a Câmara Municipal estará apenas cuimprindo com mais uma de suas principais funções, agora a de ser a eterna vigilante a não cerrar os olhos diante da menor bruma da improbidade ou de qualquer outra leve suspeita de que se estaria tentando tirar o trem da honestidade e da probidade dos trilhos.
Portanto, tudo consumado, poderes constituídos, a hora agora é de trabalho! Muito trabalho! Então vamos a ele, todos de mãos dadas. O Horizonte do progresso é logo ali!
Feliz 2009 para todos nós! E que Deus, na sua infinita bondade, nos proteja e nos dê a graça!
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