Mas há nuances onde só um “jogador” não-limitado, criativo, de visão e, acima de tudo, preocupado com aquilo que não é gerador de fortunas, ou glamour intelectual, poderá se consagrar, caso queira
É o turismo que arrasta o Poder Público, ao passo que este apenas o fomenta com recursos públicos. As coisas aqui na Estância se deram ao contrário. O turismo auto-impulsionou-se e não teve o Poder Público outra alternativa que não seguir o ritmo.
Hoje Olímpia é município-destaque no Estado por seu potencial turístico e, consequentemente, econômico. Uma cidade que vê crescer exponencialmente sua arrecadação ano a ano. Como a de 2022, que será, conforme a estimativa, quase R$ 60 milhões acima do montante deste ano.
Há um histórico de que as previsões orçamentárias da Estância sempre são superadas à base mínima de 10%.
Caso os formuladores da peça Orçamentária já não tenham extrapolado as possibilidades de superação dos números e valores expostos, poderemos ter ano que vem, mais um “extra” em torno de R$ 31 milhões, uma vez que o Orçamento Geral do Município para o exercício de 2022 estima a Receita e fixa a Despesa em R$ 310.066.273,74 (já com índice 23.86% acima deste ano).
É um valor estrondoso, sim senhor! E ao Turismo se deve seu crescimento. Mas nunca desprezando o que a própria cidade produz em seu comércio, ind´ustria e serviços fora do nicho turístico.
Aliás, foram estes setores “estepes” que seguraram a barra nos críticos momentos da pandemia de coronavírus. Assim não permitiram que o movimento ascendente da economia local fosse comprometido.
Muito bem, diante deste quadro, a impressão que se tem é a de que administrar Olímpia é como jogar “Lego” de montar. Uma pecinha aqui, outra ali, uma mudança de estratégia aqui, outra ali, e vai se montando a estrutura conforme a conveniência do “jogador”.
Tudo nas mãos, tudo caminhando conforme o planejado, incluindo aí o espectro político, onde os personagens comportam-se como se fossem meras peças do “Lego” administrativo.
O que não dá para saber, ainda, é se ao final do “jogo”, seu organizador sairá grande, mediano, nanico ou coisa nenhuma.
Pensamos que, se o “jogador” apostar muito na visibilidade do Turismo e pouco nas necessidades da população nativa, sairá grande aos olhos do poderio econômico que abraçou o potencial financeiro da cidade.
Mediano aos olhos daqueles que usufruem das migalhas que lhes jogam os gigantes do investimento.
Nanico aos olhos daqueles que se sentem mais prejudicados que beneficiados (por incrível que possa parecer!) com o universo de consumo em geral que se abateu sobre a cidade, encarecendo seu dia-dia.
E, coisa nenhuma aos olhos do povo que, apesar de toda pujança, continuariam amargando o descaso com as coisas mínimas que proporcionariam seu bem estar cotidiano.
Administrar Olímpia, nas atuais circunstâncias, é como jogar “Lego” de montar, sim, senhor!
Mas há nuances onde só um “jogador” não-limitado, criativo, de visão e, acima de tudo, preocupado com aquilo que não é gerador de fortunas, ou glamour intelectual, poder´a se consagrar.